PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE
DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO
DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO
DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

setembro

30 de Setembro de 2016

A caminhar, rotundiando, vi e interroguei, a mim e ao Chícharo: Será do vento, a soprar do norte, a empurrar para ali? Então a coisa está a ficar mais perto do “Pé” quando o cenário ditou afastamentos da “Serra” no cabaz da fruta endógena (leia-se laranja)?

Esprema-se, disse o Chícharo. Bom, deixemos por agora o refresco na nova esplanada...

Refrescou qualquer coisa, mas numa altura em que o ritmo de verão ainda continua, em prévio balanço da época dos fogos, a constatação dos números, à semelhança do cenário real de labaredas e aflições, resulta também em assustadora visão e angustia. O facto é que em Portugal, no corrente ano, arderam mais de 116 mil Hectares (4 vezes mais que a média dos últimos 8 anos), significando este valor mais de metade da área ardida em toda a europa. Dá que pensar...

Resta, no embrulhado de teorias e discussões, espaço para uma palavra de agradecimento a todos os bombeiros voluntários, pela sua ação não só no combate aos fogos mas em todas as outras atividades que desenvolvem em prol da comunidade.

E setembro é mês de vindimas e de regresso às aulas.

Sem as tradicionais contingências da época de abertura do ano escolar – correu bem ou é acalmia rosa-vermelho? – o regresso às aulas aí está. Em Alvaiázere, em contínua baixa de frequências, tem ainda assim e sempre o condão de dar algum, e notório, movimento à vila e promover o bom desgaste nas alvas infraestruturas... Noutros tempos também com Semana Radical.

O “radical” permanece em vários e complexos cenários da vida terrena.

No país do tio Sam, onde as armas são como os tremoços, o reboliço de violência e de feridas não saradas do preto/branco atingiu o topo da política e da eleição presidencial com o filme “a bela e o monstro”. E goste-se ou não do estilo e influência americana, não haverá volta a dar, afeta e mexe com todos nós.

Violência e radicalismo? Entre outros casos pelo mundo fora, quem entende a guerra na Síria?

Dizia Luther King, “teremos de nos arrepender nesta geração não tanto das ações das pessoas perversas, mas dos pasmosos silêncios das boas pessoas”. O ciclo continua e os sentimentos de impotência generalizam-se.

É como a “guerra” dos impostos, a receita sempre à mão p’rás receitas, em criatividade virada à luz solar. E por cá, em alva, o enorme aumento das taxas municipais fixas e variáveis sobre o consumo de água e acessórios.

Ah! Das vindimas, dizem os aficionados que o ano correu de feição, sendo a quantidade, menor, contraposta pela qualidade, maior, desta safra. Pois, só na prova se verá.

No contexto, aproveito Aquilino Ribeiro, “O pior dos crimes é produzir vinho mau, engarrafá-lo e servi- lo aos amigos”.