Muito em breve, os Bombeiros Voluntários de Alvaiázere (BVA) poderão contar com mais uma viatura ligeira de combate a incêndios que os ajude nas mais diversas situações, por todo o Concelho.
A aquisição desta viatura partiu da necessidade de se colmatar uma lacuna que o comandante Mário Bruno já havia detetado: a limitação de espaço em algumas vias de comunicação pelas várias freguesias de Alvaiázere. Apesar de o território ter vindo a melhorar em relação às vias de comunicação, “ainda há muitos lugarejos que estão quase ou completamente desertificados”.
O presidente da direção dos BVA, Joaquim Simões, falou com o jornal “O Alvaiazerense” e confessou que, em alguns casos, “se for necessário ir um carro de incêndio para certos lugares, o mesmo não passa e se algum bombeiro arriscar passar, pode ser um desastre pois, quando quiser sair, pode não ser capaz de o fazer e ser apanhado pelas chamas”. Outro problema que acontece muito, nomeadamente no inverno, é as chaminés que ardem por falta de limpeza. “Para atacar essa situação tinha que sair um carro de incêndio que tem que levar um motorista com carta de pesados e nem sempre eles estão disponíveis”, explicou Joaquim Simões, acrescentando que a maior parte dos motoristas desta associação está mais vocacionado para o transporte de doentes e para o socorro em ambulâncias.
Posto isto, o comandante dos BVA apelou a todas as freguesias para que ajudassem com uma verba que permitisse a compra de uma viatura. Pussos S. Pedro foi a primeira freguesia a contribuir, tendo-se seguido Maçãs de D. Maria e Pelmá. “Era uma vergonha para as juntas de freguesia, com exceção de Alvaiázere (que ao longo dos anos foi a única junta que subsidiou os BVA), não olharem para os Bombeiros ou só olharem quando há algum problema”, referiu o presidente desta associação, demonstrando alguma tristeza. Esta viatura vai servir todas as freguesias, pois todas elas têm condições onde a mesma pode intervir e, visto por este ponto de vista, Joaquim Simões confessou que “podiam ter sido mais generosas”.
A viatura ainda não foi entregue pois precisa de ser pintada de vermelho e acabada de apetrechar, tendo o Município já contribuído com a doação de um tanque e bomba para a mesma. Além da ajuda das juntas de freguesia e do Município, também o Cônsul Honorário de Portugal na Flórida, Ceaser dePaço (que já ajudou os Bombeiros no ano passado com a recuperação de um Veículo de Apoio Logístico Específico) contribuiu com 10 mil euros. Os Bombeiros conseguiram ainda obter uma verba de cerca de 1500 euros com a venda de “um chassi para o ferro velho, juntamente com outras coisitas”. O valor total desta viatura, que é nova, rondou os 22 mil e 500 euros e “esperamos que esteja pronta a tempo do aniversário, para poder ser apresentada aos nossos bombeiros e ao público”, rematou Joaquim Simões.