Alvaiázere foi um dos 11 concelhos (Vila Nova de Gaia, Gondomar, Mafra, Abrantes, Sintra, Cascais, Oeiras, Lisboa, Almada e Albufeira) onde a Polícia de Segurança Pública (PSP) fez buscas, numa operação relacionada com o furto das 57 armas Glock retiradas da Direção Nacional da PSP, no ano 2017, adiantou a agência Lusa, citando o portavoz daquela força de segurança.
Nesta operação, com o nome “Ferrocianeto”, a PSP deteve nove pessoas, duas delas na localidade de Almoster, em Alvaiázere. Sete dos detidos estão relacionados com o inquérito que investiga o furto de pistolas da Direção Nacional, “três em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público (MP) e quatro em flagrante delito”, especifica o comunicado da Procuradoria Geral da República (PGR). Os outros dois detidos não estão “relacionados com o presente inquérito”, tendo sido detidos “por posse de objetos proibidos”.
Segundo o porta-voz da PSP, Alexandre Coimbra, a operação teve início cerca das seis da manhã, realizaram 15 buscas domiciliárias e quatro não domiciliárias onde foram apreendidas “diversas armas, munições, material informático e equipamento de telecomunicações”. No comunicado, a PSP adiantou ainda que o inquérito, dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), está a cargo da Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Lisboa, sendo apoiada pela Unidade Especial de Polícia, Comando Metropolitano do Porto e Comando Distrital de Faro. Segundo as autoridades estiveram envolvidos nas buscas cerca de 150 polícias.
Recorde-se que em janeiro de 2017 foi detectado o desaparecimento, do armeiro da sede da PSP de 57 armas Glock após a apreensão de uma arma de fogo da polícia durante uma operação policial que decorreu no Porto. Outras três armas foram detectadas, posteriormente, pelas autoridades espanholas em Ceuta.
A 17 de outubro deste ano, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse no parlamento que haviam sido recuperadas oito das 57 armas Glock desaparecidas “em operações distintas, sem nenhuma característica comum entre as mesmas, oito das 57 armas”. Eduardo Cabrita avançou ainda que o oficial da PSP que foi responsável pelo departamento onde estavam armazenadas 57 armas desaparecidas em janeiro de 2017 foi exonerado de oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na Guiné-Bissau.