PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

Falta de transportes públicos obriga funcionários judiciais a ir de táxi para Alvaiázere

Os funcionários do Tribunal Judicial de Leiria que foram colocados na 1ª Secção de Comércio, instalada provisoriamente em Alvaiázere, vão de táxi para o novo local de trabalho.

A 1ª Secção de Comércio do Tribunal Judicial de Leiria vai funcionar em Alvaiázere durante um ano, enquanto estão a ser realizadas as obras de adaptação do antigo liceu Rodrigues Lobo, em Leiria. Durante este período, os funcionários judiciais farão a viagem de 60 quilómetros que separa Leiria de Alvaiázere de táxi. Assim, desde o passado dia 1 de setembro, altura em que entrou em vigor o Novo Mapa Judiciário, os funcionários saem de Leiria às 7h50 para chegar a Alvaiázere às 9 horas.

Esta viagem é assegurada por dois táxis, uma carrinha de nove lugares e um carro de cinco, que efetuam o transporte de 12 oficiais de justiça. O Ministério da Justiça justifica esta decisão com a inexistência de transportes públicos entre Leiria e Alvaiázere.

"Por virtude de não existir oferta de transportes públicos que assegurem o trajeto entre Leiria e Alvaiázere, em princípio, o Ministério da Justiça assegurará o transporte dos oficiais de justiça, mostrando-se, assim, afastada a possibilidade de autorização de deslocação em carro próprio", justificou à agência Lusa a tutela.

A deslocação em táxi foi uma "decisão tomada pela administração, porque não havia transporte público de forma a transportar os funcionários que ficaram colocados no serviço que foi deslocalizado de Leiria para Alvaiázere", afirmou à Lusa o administrador judiciário António Nolasco, adiantando que estas viagens "custam, diariamente, cerca de 160 euros".

António Nolasco disse ainda que esta solução está prevista durar um ano, o tempo que deverão demorar as obras no antigo liceu Rodrigues Lobo, em Leiria, que será a sede da 1.ª Secção de Comércio, cujos trabalhos deverão iniciar em "breve".

O oficial de justiça e dirigente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Mário Saraiva, esclareceu que os funcionários deslocados para Alvaiázere "não têm qualquer indicação para utilização de transporte próprio" e revelou que o critério que presidiu à transferência foi "a ordenação alfabética", salientando que "nenhum de nós, de livre vontade, concorreu para Alvaiázere".