PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

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GNR intercetou veículo pesado que transportava 40 toneladas de resíduos hospitalares perigosos

A GNR intercetou, na madrugada de 28 de março, um veículo pesado que transportava mais de 40 toneladas de resíduos hospitalares perigosos, apesar do documento de transporte indicar cascas de madeira. O camião, que tinha como destino um centro de tratamento de resíduos de Pombal, foi intercetado na zona de Maçãs de D. Maria.

A GNR recebeu um alerta que dava conta da circulação de um veículo pesado que transportava resíduos hospitalares perigosos. No âmbito deste alerta, a GNR intercetou um camião na zona de Maçãs de D. Maria, que tinha como destino a Ambipombal, um centro de tratamento de resíduos, situado na localidade de Redinha, concelho de Pombal.

Quando os militares da GNR interpelaram o motorista, este apresentou um documento de transporte que apontava para uma carga de cascas de madeira. Contudo, quando a patrulha do núcleo de proteção ambiental da GNR foi inspecionar a carga, confirmou a presença de mais de 40 toneladas de resíduos hospitalares, afirmou o comandante do Destacamento Territorial da GNR de Pombal, Henrique Faria, em declarações ao CMTV, que acompanhou esta operação da GNR.

O veículo pesado em causa foi, de imediato, encaminhado para as instalações da Ambipombal, onde foi efetuada uma inspeção técnica por uma equipa especializada em matérias perigosas.

De acordo com o chefe da equipa de Matérias Perigosas, Nucleares, Radioativas, Biológicas e Químicas (MPNRBQ) do Grupo de Intervenção e Proteção de Socorro (GIPS) da GNR, Luís Rego, quando a equipa chegou ao local avaliou as condições meteorológicas e posteriormente determinou a forma como deveriam proceder no terreno.

A partir daí foi lançada uma equipa de intervenção, que fez uma recolha primária, para averiguar se as pessoas estavam contaminadas. Depois a equipa de intervenção realizou a monitorização da atmosfera, na qual constatou que não havia riscos associados na atmosfera, mas confirmou, através de aparelhos apropriados, que havia riscos biológicos no local.

A equipa de MPNRBQ do GIPS recolheu ainda amostras para enviar para análise num laboratório certificado, recolha essa que envolveu cuidados especiais por se tratar de resíduos contaminados e numa quantidade elevada, mais de 40 toneladas.

"Mediante o resultado obtido e depois de analisada a questão" é que será apurado "se estamos perante um crime ambiental ou não", referiu Henrique Faria, adiantando que "depois agiremos em conformidade com o resultado dessas análises".

Segundo o CMTV, a empresa foi notificada para encaminhar os resíduos para inceneração no transporte adequado, já que não está licenciada para o fazer. O mesmo canal televisivo revelou que, durante a intervenção da GNR, nenhum responsável da empresa Ambipombal aceitou prestar declarações à CMTV.