PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

Mãe do jovem encontrado morto em Portimão é natural de Cabaços

Célia Barreto, mãe de Rodrigo Lapa, o jovem de 15 anos encontrado morto em Portimão no dia 2 de março, é natural do lugar de Cabaços, freguesia de Pussos S. Pedro (Alvaiázere), onde ainda residem os seus pais, mas onde alegadamente nunca mais terá regressado depois de ir viver para o Algarve.

Foi a mãe de Rodrigo que deu o alerta às autoridades do desaparecimento do filho, no dia 22 de fevereiro, depois de o jovem não ter regressado a casa no final das aulas, como era habitual, e ter o telemóvel desligado. Após nove dias de buscas, na manhã do dia 2 de março o corpo de Rodrigo foi encontrado num terreno baldio próximo de casa, em Vendas (Portimão), “com uma corda ao pescoço e as mãos amarradas com fio de cobre”, segundo noticiaram órgãos de Comunicação Social.

As investigações apontam para a tese de homicídio, sendo o padrasto de Rodrigo o principal suspeito: Joaquim Lara Pinto, de 42 anos, viajou para o Brasil, o seu país de origem, no dia em que Célia Barreto comunicou o desaparecimento do filho. Ouvida por diversas vezes na qualidade de testemunha, a mãe do jovem confessou à Polícia Judiciária que viu o companheiro agredir o filho na manhã do seu desaparecimento, contrariando a sua versão inicial dos acontecimentos.

Neste momento continuam a decorrer as investigações: a autópsia ao corpo do menor não foi conclusiva, pelo que os médicos legistas solicitaram a realização de exames complementares, cujos resultados vão demorar entre seis a oito semanas. Caso se confirme que Joaquim Lara Pinto foi responsável pela morte do jovem (que estava sinalizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens há cinco anos), não poderá ser legalmente extraditado para Portugal, uma vez que o Estado brasileiro “não extradita cidadãos brasileiros, exceto no caso de cidadãos naturalizados que tenham praticado crime comum, antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico de drogas e afins”, como esclareceu fonte da Procuradoria-Geral da República. No entanto, a mesma fonte afirmou que o Ministério Público português “pode expedir uma carta rogatória para inquirição ou interrogatório de cidadãos brasileiros”, ou pedir àquele país “outro tipo de auxílio” na obtenção de meios de prova.