PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

Município reivindica projeto florestal mais abrangente

Um mês depois dos grandes incêndios florestais de Pedrógão Grande (Leiria) e Góis (Coimbra), dos quais resultaram 64 mortos e mais de duas centenas de feridos, os Municípios de Alvaiázere e de Ansião tomaram uma posição conjunta e enviaram uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na qual exigem a sua integração no projeto piloto de reordenamento do território, que foi anunciado pelo Governo.

Apesar do investimento feito na sensibilização das suas populações nas medidas a tomar para prevenir os incêndios florestais, as autarquias defendem que a solução para este flagelo passa por uma estratégia integrada de ordenamento e cadastro florestal, estratégia essa que os Municípios não têm capacidade de levar a cabo sozinhos.

Célia Marques, presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere, afirmou: “compreendo que quando falamos deste tipo de intervenções não seja possível colocar todos os Municípios no mesmo patamar de igualdade, mas é uma oportunidade perdida se todos os Municípios que foram afetados não estejam envolvidos”, reforçando ainda que o risco de incêndio no concelho de Alvaiázere é agora mais acentuado, “por ter toda a área a norte já ardida”.

Recorde-se que nestes incêndios de junho foram afetados cerca de 500 imóveis, dos quais metade eram casas de primeira habitação. Os prejuízos ascendem a 193 milhões de euros e o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia está orçamentado em mais de 300 milhões.

No combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, estiveram envolvidos mais de dois mil operacionais.