Um homem de 54 anos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), no passado dia 5 de maio, no concelho de Alvaiázere. O homem é suspeito de ter tentado matar um casal com uma arma de fogo, no dia anterior, na localidade de Ponte Nova, freguesia de Almoster. O suspeito foi presente a tribunal para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada prisão domiciliária.
"A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Centro, com a colaboração da GNR de Alvaiázere, identificou e deteve um homem, solteiro, agricultor, presumível autor de dois crimes de homicídio qualificado, cometidos na forma tentada, com recurso a arma de fogo", informou a PJ em comunicado, adiantando que ainda "foi apreendida uma arma de fogo em situação ilegal", com a qual é suspeito de ter praticado os crimes.
"Os factos ocorreram na sequência de desentendimentos entre o suspeito e os ofendidos, supostamente relacionados com uma dívida antiga, tendo o primeiro efetuado dois disparos na direção dos mesmos, colocando em perigo as suas vidas, vindo a atingir um deles na face".
Fonte da PJ referiu que "o suspeito terá trabalhado por conta do ofendido na construção civil e que este lhe terá ficado a dever dinheiro de salários", numa situação que remonta a 2005.
"Encontraram-se acidentalmente esta semana e o arguido terá exigido o pagamento da dívida. O ofendido disse que resolveriam a situação", afirmou a mesma fonte, acrescentando que quando o suspeito chegou à residência do casal para resolver a situação, a vítima saiu.
O arguido terá interpretado esta reação como se o alegado devedor estivesse a fugir, pelo que, "inconformado com a situação, foi a casa buscar a arma", dirigiu-se novamente à residência do casal, onde abordou o homem e "apontou-lhe a arma à cabeça, tendo-o atingido na face". "O detido disparou, também, sobre a mulher, quando esta se preparava para fugir, mas não a atingiu".
O homem de 54 anos suspeito da prática de dois crimes de homicídio, na forma tentada, vai aguardar julgamento em prisão domiciliária. "Ao arguido foi determinada, como medida de coação, a obrigação de permanência na habitação", disse à agência Lusa fonte da PJ, explicando que o suspeito regressou às instalações desta força policial depois do primeiro interrogatório judicial, onde se manteve até à instalação do dispositivo da pulseira eletrónica.