Grande parte do território de Alvaiázere, há cerca de 200 milhões de anos, foi uma vasta planície costeira, como atestam os milhares de fósseis, icnofósseis e bastantes pegadas de dinossauros encontradas um pouco por todo o lado.

José Baptista
Este ano assinala-se o centenário do nascimento de Natália Correia. Aos mais novos, este nome, provavelmente, nada dirá.
Nascida nos Açores em 13 de setembro de 1923, foi uma mulher invulgar e multifacetada. A sua obra literária estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio, tendo colaborado frequentemente em diversas publicações portuguesas e estrangeiras. Enquanto política, deputada à Assembleia da República, interveio ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres.
Ao olhar para o próximo ano letivo que se aproxima, é fundamental resolver os múltiplos e antigos problemas que a escola portuguesa atravessa. Sendo esta o pilar da sociedade todos teremos de proporcionar uma educação de qualidade, adaptada aos tempos atuais. Isto exige esforços concentrados de docentes, encarregados de educação, governantes e sociedade em geral.
Hoje acordei azeitado. O estômago a dar horas e o cérebro sempre a bater na mesma tecla: tens de escrever, tens de escrever. É verdade que tenho na minha cabeça uma lista de assuntos para o artigo do jornal mas as palavras não arrancam, ou melhor, arrancam a passo de caracol.
Como um mal nunca vem só, tenho andado às aranhas e queimado as pestanas a fazer papelada inútil. Nunca mais fico nas tintas para isso tudo!
Felizmente, para grandes males grandes remédios e como é verdade que não andamos a nadar em dinheiro optei por escrever sobre a crise.
Chegou o verão e o calor, como é habitual. Menos habitual é, nesta altura, termos cerca de 40% do país numa situação de seca. Como bem sabemos, a falta de precipitação e a vegetação seca, aliadas ao vento, são fatores que potenciam o surgimento de incêndios de grandes proporções, tal como o ocorrido há seis anos na nossa zona.
Fizemos alguma coisa ou poderemos fazer alguma coisa para contrariar as alterações climáticas? De forma realista, a breve prazo, acho que não, pois os comportamentos individuais e coletivos, a economia e a política levam tempo, muito tempo, a mudar.
O Benfica é campeão!
Curiosamente ou talvez não, durante largas horas, os meios de comunicação social deste nosso país não encontraram notícias interessantes e eu, paradoxalmente, substituí o artigo que tinha escrito por “um jogo de palavras”.
Oh, Benfica campeão, celebração suprema
Na televisão, a pátria se unifica,
Não há inflação, guerra ou outro tema
O amor ao clube, tudo cura e clarifica.
O 25 de abril foi um dia esperança. Hoje, ao ver as tristes figuras de alguns dos nossos representantes, questiono-me.
O dia que eu esperava
O 25 de abril foi o dia
Que o povo tanto esperou,
Os olhos vestiram-se na alegria
Da liberdade que chegou.
As ruas encheram-se de gente,
Com cravos vermelhos na mão
E à liberdade, ainda semente,
Vozes livres cantaram nova canção.
Despiram-se antigos fados
Mostrou-se o coração aberto
Com passos firmes e irmanados,
Sonhou-se paz, justiça e pão certo.
Verificou-se, graças à inflação, um aumento generalizado nos preços dos bens essenciais. No entanto, apesar ter desacelerado em todos os setores, esta mantém-se no alimentar.
O governo português, devido ao aumento exponencial das rendas, anunciou uma série de medidas para o setor da habitação. Ou melhor, resolveu, contrariamente ao que seria desejável, criar uma série de incentivos à permanência de pessoas nos grandes centros urbanos, não apresentando nenhuma proposta concreta, como já é habitual, para o vasto interior que carece de medidas estruturais que mitiguem gritantes desigualdades.
Ao interior faltam pessoas “como pão para a boca” e só um governo centralizador e comodamente instalado em políticas com décadas pode esquecê-lo e marginaliza-lo.
Alvaiázere
Entre as colinas de Alvaiázere,
o verde se estende, a flor se despeja,
e as borboletas vão e vêm, a se deleitar
do mel das flores, doce e raro.
Os carvalhos, altos e robustos,
erguem-se como guardiões da natureza,
guardando os segredos do passado
que o tempo já não guarda.
É um lugar de beleza rara,
onde a paz e a tranquilidade se encontram,
e os problemas do mundo ficam longe,
enquanto se é absorvido pelo encanto.