O concelho de Alvaiázere já tem uma nova unidade de turismo rural para acolher os turistas que escolham este território para passar uns dias de férias. A Aldear – Unidade de Turismo Rural e de Habitação foi inaugurada ao final da tarde do passado dia 18 de maio. O presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere, Paulo Tito Morgado, e o presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, reconhecem a importância desta unidade hoteleira que permite classificar o concelho como roteiro turístico.
“Agora já é possível qualificar Alvaiázere dentro daquilo que são os roteiros turísticos, porque realmente hoje é possível vir e permanecer em Alvaiázere várias noites”, afirmou Pedro Machado, acrescentando que a abertura de uma unidade de alojamento em território alvaiazerense possibilita “reforçar a oferta de alojamento no Centro de Portugal” e ajuda a planear melhor o roteiro da romanização, assim como “outras rotas que queremos criar em turismo de natureza e religioso”.
A Aldear – Unidade de Turismo Rural e de Habitação apresenta-se como uma nova unidade de alojamento do concelho de Alvaiázere, constituída por três apartamentos que permitem albergar em cada um entre duas a quatro pessoas. A Aldear tem cerca de um hectare de área disponível e está situada no “coração da vila” nos terrenos de uma Casa Senhorial datada de 1906. Na concepção do projeto privilegiou-se o que é nacional, sendo que “tudo o que está dentro dos apartamentos é fabricado em Portugal” e “a mão-de-obra é toda de Alvaiázere e da região”, sublinhou Carla Santos. Para o futuro, está previsto construir mais dois apartamentos, um dos quais preparado para acolher pessoas com mobilidade reduzida, e eventualmente um restaurante para servir a população de Alvaiázere, assim como os turistas.
“Alvaiázere tem aqui um investimento fantástico e um alojamento local que é absolutamente diferenciador daquilo que é uma oferta massificada e que nós encontramos em muitas das nossas cidades”, considerou Pedro Machado, adiantando que “estas são de facto peças únicas que têm o seu culto social e têm uma história associada, o que faz deste edifício uma peça única na oferta de alojamento da região Centro e do nosso país”.
Paulo Tito Morgado também reconheceu a importância desta unidade de alojamento, pois “até agora, o turismo era seguramente importante e desejado no concelho, mas não deixava cá riqueza, passava apenas por Alvaiázere”. “A partir de hoje o concelho tem capacidade de alojamento”, que “apesar de não permitir alojar um autocarro de gente, permite alojar com grande qualidade algumas pessoas”.
“Para termos turistas temos de ter alojamento”, salientou o presidente do Turismo Centro de Portugal, adiantando que a existência de uma unidade hoteleira na região é fundamental para promover “Alvaiázere, Ansião e outros concelhos da região, que estão na rota da romanização e inscrevem-se num conjunto de rotas de património cultural”.
“Este é um desenvolvimento que no fundo conta para todos”, disse Pedro Machado, acrescentando que “agora, o presidente do Município já pode, a partir daqui, posicionar o concelho e a vila de Alvaiázere”.
“Infelizmente, até agora tínhamos grande dificuldade em apontar alojamento no concelho de Alvaiázere”, mas “a partir de hoje, temos, embora que em reduzida dimensão, três lindíssimos apartamentos para receber quem, eventualmente, tenha vontade e interesse de vir visitar Alvaiázere e esta região”, afirmou o presidente da Câmara de Alvaiázere.
Paulo Tito Morgado enalteceu a iniciativa de Sofia Gonzaga de “recuperar património edificado que tem mais 100 anos, localizado em frente aos Paços do Município”, acrescentando que “este é um património que nós queríamos ver vivo e preservado”, porque “olhando para a nossa vila, o que temos preservado é apenas este complexo aqui ao pé dos Paços do Município”.
Pedro Machado também reconhece “o impacto e importância que tem, mesmo no setor do turismo, a requalificação do património”, no sentido em que “a primeira imagem que um turista tem quando visita um destino e em particular um núcleo urbano é a preservação do seu património, o ordenamento do seu tráfego, a sua sinalética e tudo aquilo que faz parte do espaço público”.