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Ministra da Coesão Territorial presidiu conferência no Salão Nobre da CMA

“Coesão Social e o Emprego” debatidos online em Alvaiázere

30 de Junho de 2020

Alvaiázere recebeu no dia 30 de maio a primeira conferência “Coesão Social e o Emprego”, organizada pelo Gabinete Económico e Social da Região de Leiria (GESRL), em sessão realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal de Alvaiázere e transmitida em direto no Facebook.

Com as “boas vindas” dadas pela Presidente da Câmara de Alvaiázere, Célia Marques, que agradeceu a preferência pela escolha de Alvaiázere para este primeiro evento, pelo simbolismo, o encontro contou com a presença de Gonçalo Lopes, Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), de Elisabete Moita, Diretora da Segurança Social de Leiria e de Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial.

De acordo com a a organização do evento, o objectivo é “debater a promoção da coesão social e do emprego, sugerindo-se medidas que, no curto, médio e longo prazo, possam dar um contributo para a valorização do trabalho a realizar”, isto no contexto de e pós pandemia Covid-19.

A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, falou sobre os desafios da crise para a coesão territorial numa visão nacional e medidas governamentais, mas focando a atenção e consideração aos territórios de baixa densidade, ditos do interior. Defendeu que Portugal deve promover a alteração dos “tradicionais critérios” - critério da população - que levam à criação de serviços públicos (tribunais, centros de saúde e escolas, etc…) porque “não há desenvolvimento do Interior enquanto forem estes os critérios a presidir às decisões políticas”. Referenciou este “círculo vicioso” e a dificuldade de o contrariar com a perda sistemática de população que condena estes territórios de baixa densidade.

Na identificação da Região de Leiria, reconheceu a sua grande dinâmica em várias áreas, nomeadamente empresarial, assinalando a cidade âncora de Leiria, mas também as heterogeneidades, com os territórios rurais, “para os quais temos de ter projetos concretos», disse, remetendo o foco para a atenção à existência de diferentes realidades e necessidade de trabalho em conjunto e em rede. E nesse sentido, realçou a importância do Gabinete Económico e Social da Região de Leiria.

Para além da referência a medidas/ programas do atual quadro de fundos europeus Portugal2020 disponíveis e medidas governamentais transversais (a redução das portagens nas autoestradas e dos impostos para as famílias), reforçou e salientou “o Interior é muito diverso e exige um olhar atento às suas especificidades”.

Da teoria à prática, é caso para dizer que a esperança permanece com a existência agora uma área de governação para a Coesão Territorial, como salienta Ana Abrunhosa, convicta, «para garantir que o Interior está próximo, que o Interior tem uma voz, que o Interior será ouvido». 

 

O Gabinete Económico e Social da Região de Leiria (GESRL) foi criado para vencer a crise da Pandemia do Covid-19, baseando-se na definição de uma estratégia comum para todo território que é a Região de Leiria (10 municípios: Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós).

O objectivo é mitigar o impacto da actual recessão económica, “com medidas articuladas de base territorial”, através de um memorando de entendimento entre as seguintes entidades com actuação relevante na região: Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), Politécnico de Leiria (IPL) e Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI).

O Plano de Ação resulta do esforço e contribuição voluntária de cerca de 100 pessoas da Região de Leiria, organizadas em dez grupos temáticos.

A curto prazo, o plano contempla 37 medidas assentes em seis objectivos estratégicos: promover a coesão social e o emprego; garantir a protecção respiratória, individual e colectiva; reforçar a capacitação dos serviços de saúde e de educação; incentivar e valorizar as actividades empresariais; potenciar as redes colaborativas, identitárias e de coesão regional; e reforçar a digitalização da região.