Quarta-feira, dia 24 de junho, pelas 14:00 horas, decorreu uma manifestação de contestação e protesto frente à agência do Banco millennium bcp de Alvaiázere, na sequência da súbita e surpreendente notícia de que a mesma iria fechar portas no final do mês de junho.
Segundo apurámos, o Movimento Cívico que a organizou, entretanto desigando de Grupo de Indignados, foi despoletado nas redes sociais após a colocação de um desabafo no Facebook sobre a indignação do encerramento do Banco millennium bcp de Alvaiázere. O sentimento de indignação foi o denominador comum na maioria dos alvaiazerenses que se sentem traídos e discriminados por uma instituição que sempre foi bem acolhida no concelho durante 42 anos.
Se nas palavras de ordem da manifestação foram colocando várias questões, desde a oportunidade numa altura de pandemia, a falta de respeito pelos clientes, que não foram avisados, o desrespeito pela caracterização da população e condições socioeconómicas e de acessibilidades, nomedamente a faixa etária mais idosa, fica e salienta-se a não percepção dos critérios para tal decisão numa sede de concelho, para além da perceção do impacto negativo que este encerramento provoca no seu desenvolvimento.
Durante o protesto foram recolhidas assinaturas (cerca de 300) para uma Petição Pública com o principal fundamento de solicitar a intervenção urgente do Município junto da administração do Banco através de interpelação escrita ou audiência.
De fonte municipal, sabe-se que o assunto foi discutido em sede de reunião de Câmara daquele mesmo dia, nomeadamente o conhecimento de reunião havida com a diretora comercial da Zona Centro e da resposta do Município em ofício dirigido ao Conselho de Administração daquele banco, referenciando o contraciclo de todos os esforços municipais e o alerta à atitude do banco de ser parte do problema e não parte da solução para a reativação e valorização destes territórios.
À hora de fecho desta edição decorria uma reunião da Assembleia Municipal de Alvaiázere, sabendo-se que também aí foi apreciada e aprovada por unanimidade uma moção relativa a esta situação, de contestação e apelo à reversão da decisão.
Ultrapassando a especificidade dos alvaiazerenses, na falsa argumentação da gestão privada, constata-se que os cidadãos deste país (Estado) ajudaram o sistema financeiro quando estes precisaram e depois quando os contribuintes (do interior) precisam o sistema financeiro (Privado) ignora-os.