Teve lugar no dia 30 de abril, pelas 14h00, no edifício dos Paços do Concelho, uma reunião extraordinária da Câmara Municipal, de cariz público, que assinalou a tomada de posse de Célia Marques como a nova presidente do órgão executivo, após a renúncia do respetivo mandato por parte de Paulo Tito Morgado.
Célia Marques, de 37 anos, natural de Alvaiázere e residente em Condeixa, é formada em Arquitetura e desempenhava até à data a função de vice-presidente da Câmara Municipal, tendo sido eleita como independente na lista do PSD. Como presidente, tem agora a seu cargo diversas competências, entre as quais: recursos humanos, gabinete de relações públicas, imagem e assessoria de Imprensa, projetos e obras públicas e turismo. Com a passagem de testemunho, Sílvia Lopes passou a assumir a vice-presidência do Município nas áreas de transportes, educação, cultura, desporto, entre outras e Francisco Agostinho Maria Gomes foi empossado como vereador, tendo a seu cargo as valências de águas e saneamento, serviço técnico florestal e limpeza urbana e recolha de resíduos.
A primeira medida oficial tomada por Célia Marques no exercício das novas funções foi o alargamento e a descentralização do horário de atendimento municipal. Com vista a aproximar os munícipes e a autarquia, a nova medida prevê que as reuniões com a presidente possam ser agendadas às quartas-feiras de manhã e às quintas-feiras da parte da tarde. No que diz respeito à descentralização, na última quinta-feira de cada mês, o serviço de atendimento terá lugar de forma rotativa nas instalações das Juntas de Freguesia do Concelho.
Paulo Tito Morgado renunciou ao cargo ao fim de dez anos de presidência
Foi em novembro de 2014 que Paulo Tito Morgado, presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere há cerca de uma década, anunciou que iria renunciar ao cargo em abril de 2015, afirmando que o faria "com a mesma convicção de estar a fazer em cada momento o melhor que sabia e que podia, em benefício da causa pública, em benefício do futuro de Alvaiázere e dos alvaiazerenses".
O autarca acrescentou ainda que, desde o início, "assumiu um projeto a dez anos" e que os dois primeiros mandatos foram "suportados" no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), estando-se agora num "novo ciclo de fundos comunitários".
Na altura, alegando razões de ordem ética e de responsabilidade cívica, de forma a não condicionar "opções políticas nem de desenvolvimento estratégico" dos seus sucessores, considerou "ter chegado o momento" de abandonar o seu cargo público. A passagem de testemunho teve lugar no dia 30 de abril, com a tomada de posse de Célia Marques, que está agora à frente dos destinos da autarquia.