Foi na cerimónia do Dia do Agrupamento de Escolas de Alvaiázere, no dia 27 de janeiro, que Diogo José Gameiro Carvalho foi distinguido pelo seu mérito académico, tendo recebido o diploma de melhor aluno a concluir o Ensino Secundário no ano letivo 2015- 2016, com a média de 18,78 valores.
Em entrevista ao Jornal “O Alvaiazerense”, o jovem, que atualmente frequenta o curso de Engenharia Física Tecnológica no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, começou por confessar que quando era criança dizia que queria ser médico: “como a minha mãe trabalhava na fisioterapia do Hospital de Santa Cecília, acabava por lá passar muito tempo, o que, inconscientemente, e por influência dela e de alguns utentes, me levava a responder a quem perguntava que quando crescesse iria ser médico”. No entanto, não sendo verdadeiramente uma ambição sua, ao longo dos anos foi perdendo essa ideia. Ao longo do seu percurso escolar e académico, Diogo Carvalho sempre obteve bons resultados escolares. Quando questionado sobre a fórmula deste sucesso, esclarece que, no seu caso, foram o gosto e o prazer pelo conhecimento que o motivaram “ao esforço, ao trabalho e a sentir necessidade de superar os desafios que a aprendizagem propõe”.
O jovem sublinhou a importância de conjugar o tempo de estudo com o tempo de lazer: “não é saudável que se passe o tempo todo a estudar. Não temos unicamente necessidades básicas biológicas, as componentes social e recreativa devem também fazer parte do dia-a-dia de qualquer estudante. Desde que o tempo seja bem organizado temos tempo para tudo”, acrescentando que o descanso e o lazer são tanto melhores se forem aproveitados para fazer atividades enriquecedoras e estimulantes de outras capacidades. Talvez por isso o facto de tocar na Banda Filarmónica de Alvaiázere desde os nove anos, com ensaios semanais, nunca tenha sido, como o próprio afirmou, “razão de descuido académico, pelo contrário, a música ajudou-me bastante a exercitar o raciocínio lógico”.
Apesar de gostar na generalidade de todas as disciplinas, foram as ciências que sempre o motivaram mais, o que, na hora de escolher o curso a frequentar, criou alguma indecisão, como o próprio referiu: “quando cheguei ao final do 12º ano ainda não sabia o que queria estudar. À exceção de filosofia, psicologia e português, tudo o resto seria, para mim, uma possibilidade. Considerei medicina, física, matemática e diversas engenharias”. O jovem acabou por ingressar no curso de Engenharia Física Tecnológica, motivado pelo facto de “o plano de estudos do curso, que sendo bastante ligado à física teórica, ter também componentes de engenharia que conferem conhecimentos com uma vasta gama de aplicações”.
Quanto aos objetivos futuros, Diogo Carvalho afirmou que ainda é prematuro traçar um plano, porque ainda não teve o contacto necessário com as áreas da Física e Engenharia. No entanto, concluiu: “espero que durante estes cinco anos consiga aprender o que me é proposto, e ainda mais, com o principal objetivo de contribuir, com o meu trabalho e dedicação, para o desenvolvimento da ciência e da engenharia”.