No contexto das Eleições Autárquicas que se realizam no próximo dia 01 de outubro, o Jornal “O Alvaiazerense” entrevistou os cabeças de lista dos principais partidos candidatos à presidência dos órgãos autárquicos do Concelho.
Por uma questão de igualdade no tratamento jornalístico, foi concedido um espaço limitado e igual para cada um dos candidatos. A ordem das entrevistas foi feita de acordo com o sorteio oficial realizado no Tribunal de Alvaiázere, estipulado para os boletins de voto.
Este espaço é da inteira responsabilidade dos candidatos.
Carlos Simões
(Economista)
CÂMARA MUNICIPAL
PS
1 – Qual o balanço que faz do trabalho desenvolvido ao longo deste mandato pelo atual executivo?
Na freguesia de Alvaiázere, o balanço que faço não posso classificar de positivo. O executivo esteve atado, seguindo ordens. Por isso, no cargo de presidente da Assembleia, eu e a minha equipa, e apoiantes, em maioria, adotamos a postura de velar pelo superior interesse da população e democracia, e reprovámos e aprovámos os documentos e/ou propostas sempre com sugestões e alternativas em ambas as posições, relevando a ação direta na exigência à Câmara para cumprir as obrigações financeiras, retidas, das Eólicas. Quanto ao executivo da Câmara, órgão a que me candidato agora, posso afirmar que o mandato, dividido nos clãs, foi mais do mesmo, com um caciquismo visível e um continuar de megalomanias despesistas.
2 – Quais as razões que levam a (re)candidatar-se à Câmara Municipal?
A razão é a de continuar uma cidadania ativa, com coragem e determinação na defesa da causa pública e da nossa terra, para melhor viver aqui. Com honra, humildade e confiança sou candidato à presidência da Câmara, sentindo-me com competência, experiência e responsabilidade para levar esta terra aos caminhos da prosperidade e desenvolvimento sustentado, com projetos e ações que atraiam investimento e a fixação de pessoas, e promovam a qualidade de vida à população. Na determinação para enfrentar as dificuldades e os novos desafios coletivos, mais razões estão na equipa que constituí, de pessoas de confiança, com experiências e competências diversas, qualidades humanas, com forte motivação e empenhamento para esta missão, para uma gestão de rigor e transparência “Por todos e para todos”.
3 – Caso seja eleito(a), quais as primeiras medidas a implementar?
Valorizar as pessoas, instituições e o património natural e edificado será sempre o princípio para o conjunto de ideias base que definimos, em gestão do território, educação, saúde, ambiente e economia, a enquadrar no contexto de novas competências descentralizadas. Assumindo o compromisso, não poderei executar sem um conhecimento profundo da real situação, e para isso uma das primeiras medidas será a auditoria interna às condições técnicas e financeiras. Não obstante, o foco prioritário é a captação de investimento e a construção de loteamentos nos centros urbanos da vila e das freguesias, promovendo o acesso à fixação de pessoas e simultaneamente a rentabilização dos recursos do município.
Nelson Paulino
(Enfermeiro)
CÂMARA MUNICIPAL
CDS-PP
1 – Qual o balanço que faz do trabalho desenvolvido ao longo deste mandato pelo atual executivo?
O balanço que faço não poderia deixar de ser negativo. Pouco mudou face ao seu antecessor exceptuandose a melhoria verificada na execução orçamental de 2016, mantendo eu a opinião de ser possível melhorar, face à desequação e desequilíbrio orçamental verificado, motivo pelo qual não se cumpre o mínimo estipulado por lei (85%). Alvaiázere nestes últimos anos tornou- se num dos piores Municípios não só do distrito de Leiria, mas também da Região Centro e obviamente do país. Do ponto de vista demográfico foi um dos Concelhos que mais população perdeu. Ao nível do distrito foi o único Município, que entre 2011 e 2016 não foi capaz de reduzir o desemprego. No ranking dos Municípios que avalia a capacidade para gerar negócios, visitar e viver, ao nível da Região Centro com 100 Concelhos, Alvaiázere ocupa a posição 96! Ao nível do país ocupa a posição 288 entre 308. Estes são apenas alguns dos resultados de uma estratégia política desastrosa, de realização de obra sem qualquer retorno para a população do Município de Alvaiázere.
2 – Quais as razões que levam a (re)candidatar-se à Câmara Municipal?
A principal razão é a de compromisso que assumo e tenho para com os alvaiazerenses. Não é uma candidatura política ou partidária, ou de sustentação de interesses lobistas. É sim, o sentido de dever e de compromisso de trabalho com os alvaiazerenses e para os alvaiazerenses, sem exclusão de qualquer cidadão, É sobretudo uma candidatura de resiliência, o que constitui diferença substancial de outra candidatura, cujo discurso é o de paixão pelo Município e de tudo fazer pelo Concelho e no entanto a primeira opção é viver fora do Concelho e nada contribuir para o desenvolvimento de Alvaiázere.
3 – Caso seja eleito(a), quais as primeiras medidas a implementar?
Caso seja eleito, a primeira medida será a de promover uma auditoria externa e isenta ao Município. Tenho como objetivo rever os projetos de construção da Loja do Cidadão, da plataforma empresarial, ou do polo museológico que se pretende instalar junto à Câmara. Sendo a grande prioridade voltar a dar vida ao centro da Vila de Alvaiázere, criando parcerias sérias com centros de investigação e tecnologia, para que se possam instalar em Alvaiázere e assim criar emprego com valor acrescentado e que valorize de facto o território. É essencial encetar medidas concretas que visem melhorar a atratividade de investimento empresarial e desta forma criar capacidade de fixar população no Concelho.
Célia Marques
(Arquitecta)
CÂMARA MUNICIPAL
PSD
1 – Qual o balanço que faz do trabalho desenvolvido ao longo deste mandato pelo atual executivo?
O balanço que faço do último mandato é bastante positivo, até porque, como tiveram conhecimento, fizemos uma análise ao grau de execução do nosso compromisso eleitoral e constatamos que cumprimos o que prometemos, indo inclusivamente além do inicialmente previsto. Aliás, esse trabalho é bem visível, quer ao nível da gestão dos dinheiros públicos quer ao nível do grau de execução dos compromissos. Mas, o trabalho de uma autarquia nunca se extingue, logo muito há a fazer. Para além de que existem vários projetos aos quais é necessário dar continuidade, como por exemplo a requalificação e ampliação da Zona Industrial de Tróia, o parque ecológico Gramatinha-Ariques ou a Loja do Cidadão, entre outros.
2 – Quais as razões que levam a (re)candidatar-se à Câmara Municipal?
As razões que me levam a candidatar são várias, primeiro porque sou de Alvaiázere, todas as minhas origens estão aqui…sempre estive presente e sempre contribuí, no que me foi possível, para que a minha terra crescesse. Tive oportunidade de abrir um espaço profissional fora de Alvaiázere, de trabalhar no setor público em outro Concelho e até de sair de Portugal, mas as ligações afetivas falaram mais alto, não só as familiares mas também as de amizade e de identidade. Escolhi Alvaiázere. Depois, as razões técnicas, porque iniciei a revisão do Plano Diretor Municipal que ainda não tive oportunidade de concluir, iniciei alguns projetos que gostaria de ver darem resultados, para além de que, muitos mais existem para por em prática se tiver oportunidade de continuar a gerir os destinos deste território.
3 – Caso seja eleito(a), quais as primeiras medidas a implementar?
Não existem primeiras medidas a implementar, porque são várias as frentes de trabalho em que a autarquia deve atuar. Dar uma resposta às necessidades diárias da população, apoiar a ação do tecido associativo que tem um papel crucial de apoio e de fomento da atividade cultural, social e desportiva, criar medidas direcionadas para a atração de investimento para o Concelho e para a criação de postos de trabalho, logo todas a implementar em simultâneo. Esta é a Visão de toda a equipa que me acompanha e que acredita ser este o rumo certo para o desenvolvimento e crescimento de Alvaiázere.
Tânia Pereira Gabriel
CÂMARA MUNICIPAL
CDU
Nota da Redação:
Até ao fecho desta edição, o Jornal “O Alvaiazerense” contactou diversas vezes os candidatos da CDU às Eleições Autárquicas do concelho de Alvaiázere, que afirmaram que “devido ao envolvimento na organização da Festa do Avante, não foi possível dar uma resposta em tempo útil, optando por não responder”.