PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

Escolas Primárias do Concelho aguardam intervenção do Município

Ao longo dos anos, houve em Alvaiázere, à semelhança de outros Concelhos do país, uma descida significativa do número de alunos nas escolas, o que teve como resultado o abandono de várias escolas primárias. Para reaproveitar esses espaços, a Câmara Municipal de Alvaiázere deu início ao projeto “Alvaiázere, Património Gerador de Riqueza”, com o objetivo de dar utilidade às diversas escolas abandonadas nas várias freguesias do Concelho.

Inicialmente, estava prevista a transformação de 11 escolas em centros de interpretação ambiental e em pequenas unidades de alojamento, mas, até ao momento, o projeto só levou à renovação de quatro escolas primárias: a Escola do Barqueiro (freguesia de Maçãs de D. Maria) foi transformada num Centro de Interpretação Ambiental de Recursos Hídricos, a Escola de Ariques (freguesia de Almoster) foi renovada e é agora um Centro de Interpretação Ambiental da Flora, a Escola do Bofinho (freguesia de Pelmá) é atualmente um Centro de Interpretação Arquitetónica e, por fim, a Escola de Venda do Preto (freguesia de Almoster) foi renovada e transformada em Centro de Interpretação Arqueológica, estando ainda previsto o alargamento de mais sete escolas primárias.

Sobre este assunto, a presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere, Célia Marques, adiantou ao Jornal “O Alvaiazerense”: “o executivo Municipal pretende aferir o sucesso do atual projeto, estando a acompanhar os resultados da empresa que está a explorar as quatro escolas colocadas no mercado turístico de arrendamento e que, caso se justifique, pretendemos alargar a oferta, tendo, inclusive, sinalizado mais escolas na Estratégia de Eficiência Coletiva das Aldeias de Xisto (Portugal 2020), para conseguir financiamento para a realização de obras de requalificação. Para além desta tomada de posição, temos também consciência que algumas escolas, dado o seu enquadramento e dimensão, poderão ser utilizadas para fins distintos”.

A requalificação das escolas primárias é do total interesse para as freguesias, pelo que o Jornal “O Alvaiazerense” questionou os presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho o que gostariam que o Município fizesse às escolas que atualmente ainda se encontram abandonadas na sua freguesia.

A freguesia de Maçãs de D. Maria possui duas escolas que se encontram degradadas: em Vendas de Maria, que é a que se encontra mais vandalizada e em Maçãs de D. Maria, junto ao polo escolar e à ACREDEM.

Arlindo Sousa, presidente da Junta desta mesma freguesia, afirmou que houve uma solicitação para que a Escola de Vendas de Maria fosse cedida ao grupo Columbófilo para a realização da sua sede nesse mesmo local. Já a escola no centro de Maçãs D. Maria, devido à sua localização, poderia ser transformada num pequeno centro de incubação de empresas destinado a jovens que queiram instalar os seus escritórios, dando assim início à sua vida empresarial.

Na freguesia de Pussos S. Pedro existem ainda três escolas sem qualquer uso: Arménio Simões, presidente da Junta de Freguesia, afirmou que, relativamente à Escola Básica do 1º Ciclo de Cabaços, o ideal seria doar o espaço ao Rancho Folclórico da freguesia, para assim ser a sua sede e um local apropriado para os ensaios. Na sua opinião, a Escola de Venda dos Olivais deveria ser doada a uma instituição de S. Pedro, onde poderiam ser feitas algumas atividades. A escola de Pussos, por seu turno, tem um projeto quase pronto de recuperação e seria doada à freguesia, para assim existir uma garagem de veículos e armazém de diversos equipamentos, concluiu Arménio Simões.

É de referir que para esta reportagem foi também contactado o presidente da Junta de Freguesia de Alvaiázere, Vítor Joaquim, para responder à questão sobre as escolas de Alvaiázere e Maçãs de Caminho, que até à hora do fecho da edição não deu qualquer resposta.

Mónica Teixeira