A segunda Mini Unidade de Alojamento e Centro de Interpretação Arqueológica já foi inaugurada no passado dia 27 de julho. A Mini Unidade de Alojamento e Centro de Interpretação Arqueológica veio dar uma nova vida à antiga Escola Primária de Venda do Preto, freguesia de Pelmá, que já estava desativada há alguns anos. Esta unidade de alojamento local integra a rede de quatro mini unidades de alojamento e centros de interpretação que a Câmara de Alvaiázere está a requalificar com vista a colmatar a falta de alojamento no concelho.
"Quando cheguei à Câmara Municipal deparei-me com uma série de património que estava desocupado", começou por explicar o presidente da Câmara de Alvaiázere, Paulo Tito Morgado, adiantando que "por isso, achei que deveríamos darlhes um fim diferente, um fim nobre". Assim, decidiu transformar um conjunto de quatro escolas em mini unidades de alojamento e centros de interpretação, colmatando assim duas lacunas existentes no concelho, nomeadamente a falta de unidades de alojamento e a necessidade de fomentar o conhecimento do território e dos temas que são intrínsecos ao concelho.
Os projetos de conversão das quatro antigas Escolas Primárias em mini unidades de alojamento foram entregues a quatro arquitetos diferentes, que tinham apenas como requisito "não desvirtuar a imagem de cada uma das escolas, para quando passarmos por elas percebermos que são antigas escolas primárias", revelou o autarca, acrescentando que a unidade de alojamento da Venda do Preto foi entregue ao arquiteto alvaiazerense Pedro Dias.
A antiga Escola Primária de Venda do Preto vai albergar uma Mini Unidade de Alojamento composta por um apartamento T2 e um Centro de Interpretação Arqueológica, que se destina ao "conhecimento da arqueologia do nosso território", pelo que os visitantes deste espaço poderão ficar a conhecer "o triângulo entre a Rominha, as Antas do Ramalhal e o Castro da Idade do Bronze da Serra de Alvaiázere".
Durante a sua intervenção, Paulo Morgado revelou ainda que "esta escola foi alvo de sinalização no âmbito das Aldeias de Xisto", que considerou a ideia de converter as escolas desativadas em unidades de alojamento uma ideia "brilhante" e "um projeto estrela entre os projetos que foram apresentados".
Esta unidade de alojamento local integra a rede de quatro centros de interpretação e mini unidades de alojamento que o Município de Alvaiázere implementou no concelho. No total, as quatro infraestruturas correspondem a um investimento total que ascende a um milhão de euros, dos quais mais de 585 mil euros são financiados pelo Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro. A Mini Unidade de Alojamento e Centro de Interpretação Arqueológica de Venda do Preto representou um investimento que ronda os 200 mil euros, sendo que 85 por cento deste valor são financiados por fundos comunitários.
Nos últimos anos, a Câmara de Alvaiázere executou várias obras cujo valor total ultrapassa os 21 milhões de euros, dos quais mais de 11 milhões correspondem a financiamento comunitário. "Este é um exemplo daquilo que tem sido a importância dos fundos comunitários para promovermos investimentos no concelho", concluiu Paulo Morgado.
Secretária de Estado enalteceu ideia de converter escolas desativadas em unidades de alojamento
A Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, considerou "uma excelente ideia" "aproveitar equipamentos obsoletos que por razões diversas foram sendo desativados para rentabilizar esses equipamentos e dar ao concelho uma nova resposta".
Para Teresa Morais, a Mini Unidade de Alojamento e Centro de Interpretação Arqueológica de Venda do Preto é "um equipamento de grande relevância para o concelho" e "um comprovativo vivo do bom aproveitamento que o Município de Alvaiázere fez dos fundos comunitários", uma vez que o investimento foi utilizado para "qualificar esta região e para dar estruturas de qualidade aos seus munícipes, mas também aos seus visitantes".
"Trata-se de criar melhores condições de vida, não só pelo dinamismo que traz para as pessoas deste município, mas também para quem queira visitar o concelho", afirmou esta governante, salientando que este equipamento situa-se "numa região que tem uma beleza natural extraordinária para aproveitar" e "num território que foi acumulando ao longo dos séculos traços de civilizações e de povos, que foram deixando as suas marcas, que as novas gerações devem ficar a conhecer".