A Câmara Municipal de Alvaiázere já identificou e diagnosticou todas as lacunas ao nível da acessibilidade nos edifícios e espaços públicos da sede de concelho. Todos esses problemas estão reunidos no Manual de Orientações Técnicas apresentado ao final da tarde do passado dia 24 de julho, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Alvaiázere, pela vice-presidente do Município, Célia Marques, e pela representante da empresa M.PT e responsável pela coordenação do Plano Local de Promoção de Acessibilidade de Alvaiázere, Paula Teles.
“O projeto RAMPA é um projeto que visa elaborar ou identificar lacunas ao nível das acessibilidades”, começou por explicar Célia Marques, acrescentando que a Câmara Municipal de Alvaiázere aderiu ao projeto e diagnosticou uma série de edifícios e espaços públicos, com o intuito de “tentar ao máximo tornar a vila de Alvaiázere um espaço acessível que todos possam usufruir e utilizar, explorando o melhor possível as potencialidades do espaço público”.
Durante mais de dois anos, a Câmara Municipal de Alvaiázere juntamente com a empresa M.PT diagnosticou todos os espaços públicos e identificou as lacunas ao nível das acessibilidades para posteriormente o município começar a retificar os problemas de acessibilidade. Além disso, foram também realizados alguns workshops de sensibilização para esta temática com os técnicos da Câmara Municipal, agricultores, comércio local e gabinetes de engenharia e de arquitetos locais para todos ficarem mais sensibilizados e mais alerta para estes problemas e para no futuro terem em atenção estas noções ao fazer os projetos ou obras em casas.
“Esta etapa encerra-se hoje mas uma outra começa que é a concretização física destas ações”, referiu Célia Marques, adiantando que “a Câmara Municipal pretende continuar com este projeto”, contudo “não podemos avançar já com todas as ações que estão sinalizadas mas é nossa intenção ir progressivamente retificando ponto a ponto aquelas situações mais prementes e futuramente podermos construir uma Alvaiázere mais acessível”.
“É importante que estejamos todos alerta para esta temática e que nas nossas ações possamos contribuir para um espaço mais acessível, para um espaço com melhores condições”, salientou a vicepresidente do Município, argumentado que “um dia podemos ser nós a estar de cadeira de rodas, podemos precisar de andar de muletas ou com carrinhos de bebés”.
“Há pessoas diferentes que merecem viver também nas cidades, vilas e freguesias, por isso quando projetamos e quando construímos devemos também ter em conta as pessoas que são diferentes”, defendeu Paula Teles, adiantando que o objetivo deste projeto é “construir um país mais democrático e mais acessível para todos”.
“A radiografia de Alvaiázere em matéria de acessibilidade já está concluída”, referiu Paula Teles, alegando que “com o trabalho que fica aqui feito, a Câmara Municipal de Alvaiázere está muito mais preparada para projetar o futuro”. As lacunas ao nível das acessibilidades ficam todas radiografadas e orçamentadas, para no futuro apoiar a autarquia na escolha dos projetos a corrigir mediante o orçamento disponível e as prioridades.
Além do diagnóstico e orçamento das lacunas ao nível das acessibilidades, foram ainda criadas duas publicações sobre o projeto “Alvaiázere Acessível”. Assim, o manual “Plano Local de Promoção da Acessibilidade “explica todo o trabalho que fizemos ao longo de dois anos e tal” e no Manual de Orientações Técnicas “fica sistematizado os problemas e as soluções para facilitar o trabalho futuro dos ateliers, gabinetes e escritórios”.
“Há quatro vetores importantes no próximo Quadro Comunitário e de facto um deles é a inclusão, onde se insere as acessibilidades, que é o direito ao emprego e o direito à participação no território”, salientou Paula Teles, garantindo que “por isso temos a certeza que independentemente dos governos que vão aparecer há estratégias enquanto estivermos na Europa”.
“Vamos continuar a viver cada vez mais anos, por isso cada um de nós tem de pensar que temos de construir espaços para vivermos todos estes anos com qualidade”, concluiu Paula Teles, apelando a todos para ajudar a “construir um futuro sem barreiras arquitetónicas”.