As obras de construção do Lar II da Associação da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria já arrancaram no passado mês de agosto e prevêem-se estar concluídas no início do ano 2015. O Lar II representa um investimento de cerca de um milhão de euros e terá capacidade para acolher 28 utentes.
O novo lar da Associação da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria terá capacidade para acolher 28 idosos e inicialmente vai funcionar apenas com o serviço de internamento. O edifício localiza-se a escassos metros do lar já existente e terá dois pisos. No rés-do-chão funcionarão todos os serviços de apoio, nomeadamente a sala de estar e a sala de jantar, e no primeiro andar ficarão os quartos individuais e duplos. Os serviços de secretaria, ginásio, cozinha e lavandaria irão funcionar no Lar I, cujas instalações têm capacidade para dar resposta a mais esta valência.
O novo edifício representa um investimento de cerca de um milhão de euros, que será financiado na totalidade pela Associação da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria, revelou o presidente da direção da Associação, Álvaro Pinto Simões, que está à espera que a instituição beneficie do reembolso de 50% do IVA. “Não tivemos qualquer comparticipação, a única entidade que nos tem dado apoio, além da Segurança Social, é a Câmara Municipal que nos tem apoiado com a maquinaria”, revelou este responsável, adiantando que contam igualmente com apoio financeiro do Município, pois “o presidente da Câmara já afirmou que vai apoiar financeiramente as instituições de solidariedade social que avancem com obras deste género”.
Apesar de reconhecer que o país está a passar por momentos difíceis, Álvaro Pinto Simões considera que “não vamos ter problemas no futuro”, argumentando que “este é um setor intocável, pois se alguma vez pensarem tirar os apoios a estas instituições o país vai por água abaixo”. “Se alguma vez tirarem o apoio às instituições de solidariedade social será um rombo para o concelho de Alvaiázere e para o país”, pois este setor emprega muitas pessoas, “só no concelho de Alvaiázere penso que metade da população empregada trabalha em instituições de solidariedade social”. Só a Associação da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria emprega atualmente 50 pessoas, distribuídas pelos serviços da secretaria, do lar e do serviço de ambulâncias. A Associação ainda não fez um estudo para determinar quantos postos de trabalho terão de criar para o Lar II, mas Álvaro Pinto Simões considera que terão de contratar mais cerca de 10 pessoas, aumentando assim para 60 os postos de trabalho desta instituição.
A Associação da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria decidiu avançar com a construção de um segundo lar para dar resposta à enorme lista de espera que têm. “Nós temos muita procura, porque temos muitos idosos na freguesia e nos arredores”, afirmou Álvaro Pinto Simões, adiantando que “temos pessoas a contactar os nossos serviços quase diariamente”.
Após o Lar II entrar em funcionamento, a Associação da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria vai ficar com um total de 75 camas para apoiar a terceira idade, ou seja, 47 camas no Lar I e 28 camas no Lar II. Inicialmente, este novo edifício vai funcionar apenas com serviço de internamento, mas Álvaro Pinto Simões não põe de parte a hipótese de mais tarde alargar o serviço, acolhendo também a valência de centro de dia, uma vez que ultimamente tem havido muita procura da valência de centro de dia e o Lar II terá igualmente condições para acolher mais
esta vertente.
Atualmente, a Associação dispõe de três valências e apoia perto de uma centena e meia de idosos. A instituição apoia cerca de 70 pessoas no serviço domiciliário, 30 idosos no centro de convívio e 47 utentes no serviço de internamento. Para dar apoio aos idosos, o lar dispõe de duas assistentes sociais, uma fisioterapeuta, uma licenciada em animação social, um economista, um médico (que vem duas vezes por semana), uma enfermeira (a meio tempo), uma cozinheira e as auxiliares.
Para avançar com a obra, a Associação da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria teve de comprar o terreno, que custou 50 mil euros, e contraiu um empréstimo bancário no valor de 400 mil euros que terá de pagar em nove anos, por isso o presidente da direção da Associação refere que agora têm de pagar este empréstimo e só depois podem pensar em novos investimentos.
Contudo, Álvaro Pinto Simões revelou que a Associação da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria tem intenção de construir no futuro uma Unidade de Cuidados Continuados naquela freguesia. De acordo com o presidente da direção da Associação, “chegámos a pensar em avançar com a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados, mas como a Santa Casa da Misericórdia de Alvaiázere está a avançar com a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados e não sabemos qual a sua capacidade, se consegue absorver os casos com necessidade no concelho, decidimos não avançar por enquanto com essa vertente”. Mas, Álvaro Pinto Simões afirmou que “no futuro, se tudo correr dentro da normalidade e se ainda continuar na Associação, a minha vontade é criar também aqui na freguesia uma Unidade de Cuidados Continuados”, pois no lar da Associação “há alguns utentes que já necessitam mais desse apoio do que estar internados num lar, apesar de aqui também termos uma enfermeira e um médico”.