Os documentos previsionais, Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP’s), do município de Alvaiázere para o ano de 2023, no valor de 10.336.851,00 de euros, foram aprovados por maioria pelo executivo camarário, representando aquele valor cerca de 2% de acréscimo relativamente ao orçamento do ano anterior.
Publicitados no site municipal, segundo o presidente da Câmara, João Paulo Guerreiro, “a prudência levou a que o Orçamento de 2023 fosse elaborado tendo por base o cumprimento das regras do equilíbrio orçamental, reforçando o rigor, realismo e transparência”, assumindo que “o foco está nas Pessoas… Queremos ter mais pessoas em Alvaiázere nos próximos anos”.
Mais destacou, “o Município de Alvaiázere assume o desafio de planear a sua Agenda Estratégica 2035, reforçando a competitividade e melhorando a qualidade de vida, o desenvolvimento económico e o respeito pelos valores culturais e ambientais do concelho, em consonância com as diretrizes comunitárias”, referenciando ser naquela Agenda Estratégica 2035 que se encontram traçadas “as principais prioridades para o concelho nos próximos anos”. E destacou, a visão “irá focar-se: em primeiro lugar nas pessoas, de forma a trazer um equilíbrio demográfico, maior inclusão e menos desigualdades; na digitalização, na inovação e qualificações como motores de desenvolvimento; na transição climática e sustentabilidade de recursos e por fim, mas, não menos importante, apostar num território mais competitivo externamente e coeso internamente”. Concluindo, afirma,” um concelho que define políticas e investimento em áreas chave, como: Bem-estar e Desenvolvimento Humano; Transparência e Proximidade; Competitividade e Transição digital; Atratividade e Dinamismo. Um concelho que apresenta um dos maiores investimentos per capita do país na área da educação, uma forte dinâmica desportiva, dos jovens, e do tecido associativo a quem foi proporcionado o maior apoio financeiro de sempre. Um concelho que pretende destacar-se turisticamente nas diferentes alturas do ano, trazendo visitantes distintos e marcando a região”.
Segundo apuramos, o sentido de voto dos Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, candidatura Dar Voz a Alvaiázere, Carlos Simões e Miguel Carvalho, foi contra a proposta de orçamento e GOP’S apresentada, com declaração de voto.
Justificam, “da análise dos documentos, e em termos mais concretos, fica claro o aumento com as despesas de pessoal em cerca de 26% e, ainda que tenha havido transferência de competências na educação, o pessoal integrado não justifica a totalidade da verba”. Por outro lado, destacaram, “consideramos importante o investimento na educação e ação social, e ainda na saúde. De igual forma, registamos alguns projetos desportivos e apoios que constituem novidade, assim como a aposta na transição digital”. Depois, focam ainda a área da habitação, considerando que “os valores e projetos identificados não permitem responder às reais necessidades do território, sendo igualmente difícil perceber que projeto possa ser implementado para apoio à fixação de jovens com o valor identificado”. Afirmam que defenderam a proposta da inscrição em orçamento de pelo menos “5 projetos que se considera que vão ao encontro das necessidades efetivas do nosso concelho e das nossas gentes, porque foram estruturados com a comunidade e que preveem a intervenção em várias áreas prioritárias: Parque Verde do Vale Cipote, ao abrigo do Património Natural do pacto com a CIMRL; Recuperação da Escola Primária de Almoster para conversão em alojamento de emergência, ao abrigo do PRR; Aquisição de 2 casas devolutas para conversão em habitação a preços controlados em Pelmá; Oferta de acesso à Escola Virtual a todos os alunos do concelho; Reabilitação do Mercado de Maçãs de Dona Maria”, os quais referem, “ser um contributo muito positivo e que não tiveram qualquer acolhimento”.
O Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2023 revela uma receita total de € 10.336.851,00, representando as receitas correntes 79,6% e as de capital 20,4%. Já do lado das despesas, as despesas correntes representam 62,8% e as de capital 37,2% (incluindo os ativos e passivos financeiros, em 1,9%).