Sob proposta da presidente Célia Marques, a Câmara Municipal de Alvaiázere aprovou por unanimidade, no mês de agosto, uma tomada de decisão que contesta o facto de a redução de 15% no valor das portagens de autoestradas em territórios de baixa densidade populacional não contemplar a A13, a Autoestrada do Pinhal Interior, que passa em Alvaiázere.
Na base desta decisão, o Município justifica que a não redução das portagens na A13 vai ter um impacto bastante negativo em vários aspetos, nomeadamente ao nível da fixação de pessoas em empresas na região, na mobilidade e segurança da população, na criação de emprego, o que naturalmente vai ter consequências no que respeita à sustentabilidade e ao desenvolvimento económico e social. Para além disso, a proposta da edilidade afirma ainda que a forma como o Governo discrimina negativamente esta autoestrada jamais vai permitir o investimento e a competitividade empresarial do Concelho, potenciando, ao invés disso, o despovoamento e o abandono dos jovens da sua terra natal à procura de oportunidades.
Desta forma, o executivo camarário exige que o Governo conceda à A13 a importância que a mesma tem no território que serve, contemplando-a também na política de redução das portagens que foi anunciada, e que não imponha custos médios por cada quilómetro percorrido a quem nela circula, e que são dos mais elevados de todas as estradas do país.
Ainda no âmbito da não redução das portagens na A13, também a Comissão Política da Secção de Alvaiázere do Partido Social Democrata (PSD), reunida no dia 29 de julho, reiterou a posição tomada pela Distrital de Leiria, por considerar “absolutamente inaceitável a forma como o Governo Socialista, através do seu Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, desvaloriza o papel determinante que a A13 representa para o desenvolvimento da região onde se insere o concelho de Alvaiázere, ao tê-la excluído da política de redução do valor das portagens das autoestradas do interior”.
À semelhança da Câmara Municipal, o PSD de Alvaiázere considera que sendo Alvaiázere um território de baixa densidade, com constrangimentos de sustentabilidade e desenvolvimento local, esta decisão terá reflexos sociais e económicos negativos: “é inaceitável que ao não incluir a A13 no conjunto de autoestradas com redução de 15% no valor das portagens se prejudiquem de forma irrefletida e excecional, não apenas a mobilidade e segurança das pessoas que residem nos territórios da área servida pela A13, mas também as empresas, que por pagarem os custos da interioridade optam por se fixar em locais onde a utilização das vias rodoviárias tenham menos custos”, pode ler-se num comunicado enviado aos órgãos de comunicação social.
Por fim, a secção do PSD de Alvaiázere sublinhou que é importante e urgente não desistir de lutar pelos direitos dos alvaiazerenses, tendo em conta que esta decisão vai prejudicar o Concelho e as suas gentes e que teve como base “critérios desconhecidos que discriminaram negativamente e de forma não igualitária alguns territórios do interior”.