A Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Alvaiázere abre até ao final deste ano, informou a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Alvaiázere (SCMA), Adelaide Santos, adiantando que as obras de construção ficam concluídas até ao final de junho, faltando depois equipar o espaço.
A obra de construção da Unidade de Cuidados Continuados de Alvaiázere representa um investimento de cerca de 1,2 milhões de euros, dos quais perto de 678 mil euros são comparticipados pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). As obras de construção da nova valência da SCMA estão já na fase final, contudo falta ainda equipar a Unidade, desconhecendo-se, para já, o valor necessário para o equipamento.
A Unidade de Cuidados Continuados terá capacidade para acolher 21 utentes da "tipologia de internamento de longa duração e manutenção".
As 21 camas desta Unidade de Cuidados Continuados farão parte da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), afirmou Adelaide Santos, acrescentando que, por esse motivo, "a referenciação e seleção dos utentes para os internamentos são feitas através de uma plataforma nacional", daí que "nem sempre os utentes internados sejam do nosso Concelho". Assim, apesar de haver preferência regional no momento do internamento pela Equipa Coordenadora Local (ECL), o internamento está condicionado pela existência de vaga e pela tipologia de internamento pretendida.
Para Adelaide Santos, a Unidade de Cuidados Continuados representa "uma mais valia para o Concelho", uma vez que esta nova valência vem possibilitar a "prestação de cuidados de excelência aos seus utentes".
Atualmente, a Santa Casa da Misericórdia de Alvaiázere apoia 197 utentes, divididos por cinco valências, nomeadamente estrutura residencial para idosos (lar), centro de dia, apoio domiciliário, creche e internamento hospitalar com ala geriátrica e particular.
Mais de metade das camas dos cuidados continuados são das misericórdias
Mais de metade das camas da rede de cuidados continuados do país (3433) pertencem às Santas Casas da Misericórdia e essa capacidade ainda será reforçada, pois prevê-se a abertura de mais dez unidades até ao final do ano.
"As unidades de cuidados continuados cresceram ao ritmo de 10 a 12 por ano", afirmou ao jornal "Público" Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), adiantando que "das 18 unidades que continuam por abrir, esperamos que dez comecem a funcionar este ano".
De acordo com o jornal Público, "as 397 Santas Casas de Misericórdia do país dão apoio a mais de 58 mil idosos, a maior parte dos quais (28 173) em lares (501), 17 501 através de apoio domiciliário (420 serviços) e mais de 9 300 em 359 centros de dia".
"O número de pessoas que apoiamos e acolhemos aumentou de forma significativa e sustentada", revelou Manuel Lemos, dando como exemplo o caso das cantinas sociais.
Apesar das dificuldades persistentes, nenhuma misericórdia fechou portas e o número de funcionários até aumentou, salientou o presidente da UMP, acrescentando que atualmente são cerca de "75 mil" os colaboradores que prestam apoio a um universo de cerca de "150 mil pessoas por dia", desde idosos em lares, crianças em creches, pessoas com deficiência e programas de apoio alimentar, como cantinas sociais.