PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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2020 O ano do Vírus

Um ano que ficará para sempre marcado na memória de todos nós como o ano horribilis, o ano de uma pandemia à escala Mundial, o que para muito de nós será um facto único nas nossas vidas (assim espero…).

Tudo mudou nas nossas vidas, profissionalmente, familiarmente, afetivamente… tudo, mesmo tudo.

Nas escolas, no contacto com as pessoas, nos encontros, nas relações inter pessoais, tudo foi alterado. Fomos obrigados a cumprir regras de confinamento, a respeitar estados de emergência, a não visitarmos os nossos familiares, os doentes e idosos o que provocou uma “morte” lenta a muitos deles. Que difícil foi, tudo isto!

Um vírus que não escolheu quem infetar. Letal, silencioso.

Um vírus que entrou nos Lares de Idosos e não deu tréguas.

Um vírus que massacrou, Bombeiros, Polícias, profissionais de Saúde…

Um vírus que juntou governo e oposição, crentes e não crentes.

Em Portugal, a resposta numa primeira foi a possível, muito devido à falta de preparação e de conhecimento científico deste fenómeno e acima de tudo severidade deste vírus.

Numa segunda fase, penso que mais poderia ter sido feito, mas também aceito que não podíamos confinar tudo e todos outra vez. Era o que se costuma dizer “não morrer do mal, mas morrer da cura”.

Foi o possível.

Agora com a vacina, começamos a ver a luz ao fundo do túnel. Baixar a guarda não é aconselhável. Ainda falta muito para a imunidade desejada.

Temos de olhar para o futuro com otimismo e crença de dias melhores e isso depende muito de nós, mas as cicatrizes estão cá e ficarão ainda por muito tempo, se a luz ao fundo do túnel é inequívoca, que o túnel é comprido, também será uma verdade.

Como bombeiro que sou, ainda não estamos a fazer rescaldo, nem remoção de escombros, ainda não sabemos bem o tamanho destes escombros. Temer é humano e sensato, mas ter esperança também o é.

Vamos a 2021!