Ao concluirmos o ano, é oportuno um breve balanço. Não enfatizando a política nacional do empobrecimento, do desemprego e da emigração, relembrar que não estamos perante apenas uma mudança conjuntural, mas sim, estrutural imposta de fora e ideológica por vontade interna. Ainda assim, são de esperança os débeis sinais de melhoria da economia, que se reconhece serem mérito das empresas, essencialmente das exportadoras e não de estratégia governamental. Também sabemos que em 2014, mesmo que um qualquer relógio populista chegue a zeros, não significa que acabaram os sacrifícios, as dificuldades e as angústias. A classe política é exímia em matéria de marketing, pena não terem as mesmas aptidões em termos de estadismo.
Importará sim, realçar o positivo e falarmos do que bom aconteceu no mundo e nesse aspecto uma figura sobressai: O Papa Francisco, uma verdadeira lufada de ar fresco, que bafejou o mundo. Este homem simples, que conquistou o coração dos católicos e dos não católicos, está a revolucionar a imagem da Igreja; para além de enfrentar os lobbies poderosos do misterioso e faustoso Vaticano, denuncia o capitalismo financeiro especulativo, génese de desigualdades cada vez mais exacerbadas, mas fá-lo com um sorriso contagiante e uma simplicidade desconcertante. Talvez, porque em jovem dançou o tango e teve namoradas, ou por ser um confesso simpatizante do futebol, o certo é que o sentimos como um Papa mais “humano” e muito próximo do cidadão comum, sendo já visto como um símbolo de esperança, tolerância e preocupação social. Agora, mais do que nunca, é caso para clamar: “Habemus Papam”!
Ao findarmos o ano, não podemos de deixar uma palavra de agradecimento à maioria dos nossos assinantes e anunciantes que responderam ao nosso apelo e nos permitiram chegar ao final do mesmo, sem suspender a publicação e com as contas saldadas. Em contraciclo, a nossa autarquia tem dificultado a divulgação dos eventos para a agenda cultural e inclusive não publicitou a Feira dos Produtos da Terra de Dezembro, preferindo fazê-lo em alguns jornais de outros concelhos. Perante esta atitude revanchista, resta-nos lamentar e recordar que os grandes prejudicados são os alvaiazerenses e como diz o provérbio: as acções ficam com quem as pratica! A concluir a “boa notícia”, no início do ano, o nosso “site” surgirá renovado e apto a ser utilizado dentro das boas regras e condutas, a que a maioria dos utilizadores nos habituou. Para todos os nossos colaboradores, anunciantes, assinantes e leitores, desejos de um BOM ANO NOVO!