PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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De vez em quando…

…, há qualquer coisa que “chateia”.

Ao identificarmo-nos de Alvaiázere perante vários serviços, ainda verificamos dificuldade nos interlocutores para pronunciarem o nome e terem a noção da sua localização.

Mas enfim, aceita-se!

Falo nisto, em jeito de introdução de uma questão cíclica tendo presente um recente relatório/ranking, efetuado por reconhecida consultora, ao desempenho dos municípios portugueses em matéria de investimento, turismo e qualidade de vida. E a questão é: Alvaiázere, evoluiu?

Naquele ranking, entre 100 municípios da região centro, Alvaiázere ocupa o 94º lugar, e no distrito de Leiria aparece em último. Então: mau para se viver, visitar ou investir?

Bom, mais do que “chatear”, esta classificação dói.

Dói a quem se sente e gosta desta terra, nela viveu, vive e quer viver.

Há muitos anos, no contexto de então, já de escassas oportunidades locais, fui um dos que tomou a decisão de se fixar nesta terra e por ela lutar, com orgulho e consciente das dificuldades.

Temos “coisas” boas e em grande: casa da cultura, museu, biblioteca, instalações desportivas, rede rodoviária, respostas sociais, escolas e centros escolares, etc… Mas, e as “tais” condições para o crescimento e desenvolvimento? As que fazem diferença para que o slogan “Sorte em viver aqui” não fique continuamente dúbio e restrito?

Nestas avaliações, é fundamental saber distinguir entre o que nós pensamos, conhecemos e vivemos dentro dos nossos objetivos e anseios, e aquela visão de alguém que de fora analisa e caracteriza o território pelas variáveis e indicadores básicos do “mercado e sociedade”.

Num mundo onde cada vez mais todos tem “tudo” de bom e identitário, como é a moda dos produtos “endógenos” e respetivos eventos promocionais, comparativa e concorrencialmente, nomeadamente com os vizinhos, não se pode socorrer da sorte.

Falando em avaliação e sorte, vai começar o julgamento sobre a declaração de nulidade da licenciatura de Relvas, e este, não sendo réu, cresceu agora em novo campo Laranja.

As leis da natureza batem certas: a findar o inverno, Relvas reaparecem no campo.

O herbicida político ou era fraco ou dir-se-ia, em analogia com a “mão invisível” de regulação do mercado, de Adam Smith, pai da ciência económica, que há “sociedades secretas” a atuar na distribuição das “coisas” da política e negócios. Uma metáfora, outra realidade.