PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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Exemplo que tarda!

Já percebemos que as gorduras que nos prometeram cortar, afinal era a dos portugueses e em especial a dos idosos, reformados e aposentados, para quem existe uma dívida de gratidão. Conforme alguém nos recordava recentemente, foram eles que pagaram os hospitais onde nos tratámos sem taxas moderadoras, as escolas onde estudámos gratuitamente e as maternidades onde nascemos, sem qualquer custo para as famílias. Este governo não respeitou os pactos que os aposentados e reformados celebraram com o estado e com a segurança social quando eram trabalhadores activos, que consistia em garantir-lhes um fim de vida com dignidade. Para além de violar o princípio da protecção da confiança e da seriedade, é também uma questão de honradez.

Certamente que num período de excepção e aflição, se tolera que alguns destes princípios sejam esquecidos e ultrapassados, principalmente para os valores mais altos, que os há exagerados, mas nunca de uma forma brutal e chocante, para reformas de centenas de euros. Em contrapartida, sobram as benesses e gastos com os institutos, fundações, assessores, adjuntos, adjuntos de adjuntos, motoristas, viaturas e muitas outras mordomias dos governantes e políticos. E uma questão pertinente se levanta: alguém ouve falar na redução do número dos deputados à Assembleia da República? Se reduzíssemos de 230 para 180 deputados, um país tão pequeno como o nosso, não funcionava? Para mais, quando se impõe disciplina de voto, em que os deputados deixam de ser racionais pensantes, para funcionarem apenas e só como peças das engrenagens partidárias, para que são precisos tantos, para pensar tão pouco? E o que se pouparia em regalias e outras despesas? Em valor absoluto não resolveria a crise, longe disso, mas certamente que um exemplo vindo dos políticos, valeria mais do que muita retórica!