Alvaiázere tem sido “invadida” ultimamente por famílias que procuram no nosso sossego o seu modo de vida.
Segundo números não oficiais estima-se que mais de 200 pessoas estão a morar no nosso Concelho, contrariando assim a curva de acentuado despovoamento a que estamos sujeitos nos últimos anos e acima de tudo contrariando a elevada média de idade de Alvaiázere.
Não deixa de ser curioso que os de cá vão embora, infelizmente porque não encontram as oportunidades de vida que lhes podiam proporcionar condições de vida favoráveis a cá ficar, e os de fora vêm para ficar com filhos jovens, e que já são uma percentagem considerável nos estabelecimentos de ensino e nas atividades das nossas associações, tendo já estabelecimentos comerciais para essas comunidades.
Certo é, que são pessoas com níveis de ensino e educação elevados e que acima de tudo têm adquirido imóveis e terrenos que hoje estariam abandonados e sujeitos ao avançar das “silvas” nos sítios mais recônditos do Concelho, caso não nos estivessem escolhido como destino.
Por isso e porque são parte integrante de Alvaiázere, é necessário acarinhá-los e agradecer a sua vinda para Alvaiázere. Temos de ajudar à sua inserção e integração na nossa sociedade, trazê-los para as associações e grupos de convívio e porque não para os órgãos de gestão. Porque não na Autarquia e nas Juntas de Freguesia criar um gabinete que pudesse servir de apoio a todos aqueles e aquelas que nos escolhem como destino para as suas vidas?
Porque não criar uma bolsa de imóveis e terras disponibilizadas através dos organismos autárquicos para facilitar a sua vinda e posterior integração que por motivos, como os de linguagem podem causar obstáculos facilmente seriam ultrapassáveis se existissem esses serviços de apoio? Fica a dica.
Para terminar uma palavra para a líder da JSD de Alvaiázere Cristiana Santos, que viu a sua curta carreira política ser premiada com um lugar no conselho de jurisdição da comissão política Nacional do PSD. Pelo que conheço, deverá ser a primeira Alvaiazerense a ocupar um lugar numa comissão política Nacional de um partido. É sem dúvida um facto digno de registo.