PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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… p’ra fora, Alva não dá?

Investimento em Alvaiázere, precisa-se!

Pelas pessoas e por via das pessoas. Qual de nós, residentes, e resistentes, não o constatamos no dia-a-dia, na nossa vivência de 24 horas por cá. Sim, pois há muitos que “vivem cá” apenas algumas horas e também o constata.

Somos cada vez mais a afirmá-lo, pelo simples motivo de que já se vê a “olho nu” a pacatez geral do nosso território e o seu “encolher”, pela demografia. Exageros? Talvez, mas evite-se esconder a cabeça na areia…

Não, não é, foi, ou será fácil concretizar em Alvaiázere investimento reprodutivo e reverter os deficits… Digo, investimento que crie empregos diretos e/ou condições geradoras de “motivos” para a fixação de pessoas ativas e dê as oportunidades de “sorte em viver aqui” durante as 24 horas do dia e os seus efeitos acessórios para o ciclo do desenvolvimento e crescimento.

Porque há os outros investimentos em “equipamentos sociais”, de natureza e competência pública, que potenciam o bem-estar de quem está cá e de quem cá vem, reconhecidos “já” construídos.

Tão perto de tudo e tão longe. Continuam a ser os desabafos nos territórios de baixa densidade, onde o “diagnóstico” e as “queixas” são idênticos e as teorias e estratégias falíveis. Exceções por esse interior? Sim, claro. Mas até os fatores diferenciadores identitários são já generalizados.

Recente vida autárquica apregoava o empreendedorismo em espetáculo de ilusionismo e magia, e anunciava resmas de investimentos públicos e privados. Resultado? Com tanta magia… não estão cá.

Pensando (já só) na manutenção do nível populacional atual, perguntamos: Quem investe em Alvaiázere?

Excluindo a economia social, há por cá ainda algumas empresas e empresários e há uma série de pequenos e individuais negócios comerciais. Resistentes. Sim, são heróis que investiram na sua terra. Há também os que vêm cá de fim-de-semana, muitas vezes em crítica demagógica, porque, apesar de terem “condições e esperteza” para o investimento, não o fazem nesta terra. Sim, são ilustres. Pois é, esperteza p’ra fora ou Alva não dá?

E então, o futuro?

Com certeza será politicamente incorreto questionar, pela dúvida, se Alvaiázere tem futuro. Mas é um renovado alerta de discussão. Tendo presente a alteração dos paradigmas e teorias económicas sobre fatores de localização e atratividade dos investimentos públicos e privados, não é fácil nem teorizar nem, muito menos, “executar” os desejos de proporcionar crescimento e desenvolvimento em Alvaiázere. Vejam-se uns quantos impingidos planos de desenvolvimento e inovação (ex. PD-ICE), e népias. Ah! Certo, o dinheiro dado no copy-paste, foi-se, p’ra fora.