E lá vão 41 anos da revolução de abril.
Em dia feriado, de "descanso" para dedicar à agrícola, mas com tempo de chuva, decido-me por uma volta pela Vila, indo a ouvir pela rádio também a chuva dos discursos no parlamento. E eis-me em frente aos Paços do Município onde reparei num Zé Chícharo em meditação…
Dizia: … pertence à Região Centro (NUT II), na Sub-Região do Pinhal Interior Norte (NUT III), esteve até há pouco inserido na Associação de Municípios do Pinhal Interior Norte, eixo interior, tinha ou tem o PD-ICE (Plano Diretor de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo) para os fundos QREN e agora mudou para a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, eixo litoral. Fuga de estratégia!? Agora com a A13, reclamada e conseguida, no eixo interior!?
Introduzi-me: é ao sabor do vento…
Retorquiu: mas não liga a "razões de ordem ética e de responsabilidade cívica" e "a não condicionar as opções estratégicas futuras" do mor em fuga… Vamos mas é a um passeio, para ver alguns "típicos", e começamos logo ali, ao virar da esquina a apreciar o reboco do alçado, seguindo para a Serra para visitar a Unidade Hoteleira de quatro estrelas. Lá chegados, não vislumbramos nada. Quer dizer, a vista da Serra é sempre maravilhosa e reconhecida com algum potencial. Descemos e fomos pelo Campo, agora na mira do Hotel de Charme. Passamos pelo estádio municipal, de existência anterior, e pelas obras, aceleradas, do novo centro de saúde. Sem acelerações, tomamos o quilómetro zero da estrada do litoral e metemo-nos por via urbana numa micro-cruzo-rotunda, ainda em construção, rumo à tal casa apalaçada. Lá continua ela, amarela desmaiada, cor que revela o estado de fome em que se encontra, e que velha e desprezada pela haste pública, será depois arrebatada ao desbarato estratégico.
A ideia agora era visitar o parque empresarial, melhor, espaço de localização empresarial, mas, correndo as novas e modernas estradas por Alvaiázere, Rego da Murta e Pussos não encontramos qualquer indício.
Com a chuva a apertar, lembrou-se o Zé Chícharo de desaguamentos e logo da Praia Fluvial de Maçãs D. Maria, zona balnear muito anunciada, isto depois do primeiro enterro de verbas. Aí, lembrou-se que na Pelmá e Almoster está tudo controlado, e de regresso à Vila reparou que do edifício das finanças à biblioteca ainda não havia nada de arranjos…
Quer dizer, tem uns arranjos silvestres naturais que podem ser apreciados em passeio pela ciclovia da via escura, adornada pelos recipientes de lixo em inox, "enterrados"…
Oh Zé, mete fuga nisso!