PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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… “abril”…

Recordando “abril”, agora no contexto da comemoração oficial dos 42 anos da revolução, reitero o que escrevi no artigo “De vez em quando” de abril/2014, e recordo a “Estratégia da fuga” do editorial de há um ano.

E dá, … cantar abril.

Dando-lhe musicalidade, passo, tipo radialista, “E depois do Adeus”, a canção interpretada por Paulo de Carvalho com letra de José Nisa e música de José Calvário, que ficou ícone por ter servido de primeira senha à revolução. Reza a história que a transmissão daquela canção foi planeada como ordem para as tropas se prepararem e estarem a postos, sendo a razão de escolha o ser uma balada de amor, sem conteúdo político, que não levantaria suspeitas, e no contexto de ser um êxito na altura pela visibilidade ter vencido o Festival RTP da Canção. Ainda historicamente revelado está, também como ícone, uma outra música emitida na emissora católica, “Grândola, Vila Morena” da autoria de Zeca Afonso, que funcionou como o posterior sinal de saída dos quartéis, e que pela força do conteúdo político foi a escolha e sinal para os militares de que a revolução era mesmo para fazer. Passo também esta, relembrando apenas a canção pela canção, pela musicalidade em grupo, de fácil melodia e letra (… pois, há uns tempos, muito badalada, o político Miguel Relvas a quis cantar, a acompanhar, e não conseguiu…).

Para além dos 42 anos da revolução dos cravos, em 2016 comemoram-se os 40 anos da aprovação da Constituição da República Portuguesa, dos valores que consagram a vontade do povo português de defender a independência nacional, de garantir os seus direitos fundamentais, de estabelecer os princípios basilares da democracia e liberdade e de assegurar o primado do Estado de Direito democrático.

Voltemos ao “E depois do Adeus”, este de há um ano, por cá. Parece que o dito (onde é que se troca o t pelo d?… isso, pois no Porto é o v pelo b), assume subtilmente as novas tecnologias, está em armazenamento “Cloud” (“nuvem”). Dito por não dito, “a não condicionar as opções estratégicas futuras”, a nuvem paira no ar em contexto de duplo raio na trovoada do laranjal que, fora de temporal, angariou novas espécies.

“Enterrados”, e no caso “limpos”, sem utilização, assim continuam os recipientes de lixo em inox, de luxo.

No sério, resumindo, a defesa e garantia dos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e respeito pelos animais é sempre um imperativo, e a nossa história conjunta, de Alvaiázere, de Portugal, da Europa e do mundo, não pode ser apreciada e vivida se não valorizarmos a importância do combate pela Liberdade, valor supremo.