PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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Apontamentos

Abril é o quarto mês do denominado calendário gregoriano. O seu nome deriva do Latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas.

Socorrendo-me do almanaque “Borda d´Água”, verifico que neste mês se deve “mondar e sachar os campos semeados no mês anterior. Devem-se plantar espargos e morangueiros. Na horta – semear (no Crescente) em local definitivo, abóbora, batata, beterraba, brócolos, cenoura, couves, fava, feijão, melão, melancia, nabo, pepino e tomate. Nos últimos dias do mês, semear feijão temporão.”

Pela parte que me toca, apesar do frio e da chuva, que atrasaram as sementeiras, já cumpri grande parte destes “ mandamentos”.

A cumprir-se o provérbio “abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado”, vamos ter bom ano de erva!

Como não tenho gado nem qualquer outro ruminante vou ter de adaptar o provérbio “ abril frio e molhado, enche o depósito e corta erva até ficar cansado.” A do meu quintal já a cortei três vezes e contínua imparável.

Em agosto/setembro, se se vier a confirmar um estio severo, voltaremos à tragédia dos incêndios.

Quanto ao provérbio “abril, águas mil”, também poderemos juntar outro, “abril, impostos mil.”

O mês de abril traz-nos o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). A nota de cobrança do imposto já terá chegado, por esta altura, à casa de muitos portugueses.

Para quando a isenção deste imposto, como medida incentivadora e contrária à desertificação das zonas rurais?

Mas o IMI não veio sozinho. Abril também é o mês do IRS. A corrida à entrega da declaração de rendimentos já começou, com detalhes e novidades, como convém, para ficarmos baralhados.

Em abril comemora-se o Dia da Liberdade. Já passaram 44. Para muitos o 25 de abril já se tornou uma memória, bem distante, nostálgica, para a juventude é apenas mais um dia de liberdades. Espero que, chegado à meia-idade, se consiga reinventar.

A nível nacional e em alguns concelhos, também se evocou o Centenário da Batalha de La Lys, onde largas centenas de portugueses perderam a vida.

Quantos alvaiazerenses terão servido e honrado a Pátria no primeiro conflito de âmbito mundial?

Seriam, certamente, merecedores de uma pequena homenagem.