…, há “boas contas”. Ou não! E as “boas contas”, ou não, foram audíveis em FM (frequência modelada) na cerimónia de inauguração da 33ª FAFIPA e 11º Festival Gastronómico Alvaiázere Capital do Chícharo.
Desde logo, as duas capicuas identificativas de edição davam um bom lamiré para tal. Mas perante uma plateia de “ouvintes” convidados, o auto elogio exacerbado das “boas contas” parece que não vinha na frequência certa de propagação. Sim, claro, na minha opinião.
E a comitiva oficial de governantes, formada por formandos da formação “jota”, na frequência carreirista, seguiram o repto das “boas contas”, ou não. Sem entusiasmo, o Secretário de Estado da Administração Local elogiou em FM as apregoadas “boas contas” do município. Por outro lado, em frequência standard, o elogio foi para a “estratégia de valor”, de desenvolvimento local assente na aposta e valorização dos produtos locais. Estratégia que nesta altura já é de patente livre. Está em todo o Portugal, tendo cada local o seu produto ícone para “capital”.
No caso de Alvaiázere, foi o Chícharo, que teve progenitores ousados e se vai agora moldando na sua adolescência. De qualquer forma, o afastamento entre pais e filhos é sempre um “facto”.
Dentro da essência, reconhece-se o êxito geral do evento com bastantes visitantes, apesar da ameaça das condições climatéricas, e sem tristezas, apesar do licor de castanha ter mais saída do que o de chícharo. Das tasquinhas, as “boas contas” potenciarão os orçamentos das associações convidadas.
Após o intervalo, em “boas contas”, as marchas pareciam que eram “oito”. No feriado municipal, a boa escolha da homenagem a um grande benemérito alvaiazerense, José Mendes de Carvalho. Homem de solidariedade inquestionável que em meados do século passado edificou e doou avultado património para acessibilidade da comunidade alvaiazerense em geral aos bens de cultura, assistência social e de saúde por intermédio da instituição Santa Casa da
Misericórdia de Alvaiázere.
Houve muito trabalho de todos, organização, expositores e participantes, mas certamente recompensador a vários níveis. E em “boas contas”, não se ouviu nenhum protesto “vai trabalhar…”, evitando-se condenações para pagar €1.300 cada.
Bom, mas em véspera de mais uma greve geral, o primeiro-ministro afirmou hoje no parlamento que “o país precisa não de greves mas de mais trabalho”.
Generalizar? Quem, como e onde? “Boas contas” há que fazer!