Junho foi um mês fértil em emoções. E não foram apenas as frustrações de expectativas futebolísticas; sobre essas estamos conversados. No rescaldo das eleições europeias "um golpe de estado" surgiu no principal partido da oposição, que optou por uma solução em "lume brando", de repercussões imprevisíveis, ou não. Por outro lado, veio trazer inquietação e nervosismo à maioria, que se "vingou" no Tribunal Constitucional, de uma forma indecorosa, não se coibindo de tomar atitudes patéticas e lamentáveis, dispensáveis entre órgãos de soberania. Mas só "um chumbo" se vislumbrava para medidas tão injustas e aberrantes, como cortar nos "astronómicos" vencimentos, a partir de seiscentos e setenta e cinco euros; vendo bem, o TC tem dado uma grande ajuda ao governo, pois acabámos por prescindir da última tranche da "troika", alternando com uma ida aos mercados com juros mais baixos e em 2013, com a restituição dos subsídios, aumentou a procura interna, que ajudou à ligeira melhoria da nossa economia. Bem sabemos que dificulta as metas dos défices orçamentais, mas as regras estabelecidas, que obrigam a valores inferiores a 3%, são até criticadas pelo próprio FMI, como excessivas e desencorajadoras do investimento. Contudo, os "crânios" europeus, para obterem o que não se conseguiu com anos de austeridade, que só agravaram as dívidas públicas, já arranjaram uma solução matemática: aumentam o denominador, para diminuir a percentagem da dívida. Assim vão aumentar o valor do PIB, com a incorporação de um valor estimado para a economia paralela, designadamente fluxos económicos gerados pela prostituição, tráfico de drogas e contrabando. Pasme-se!
Por cá mais uma FAFIPA, com calor e muita gente, mas longe dos números dos publicitários exagerados. Desde que temos FAFIPA e jornal "O Alvaiazerense", pela primeira vez não foi publicado o programa do evento, com prejuízo para os nossos leitores. Todavia, não será isso que nos impedirá de cumprir a nossa missão, ou seja, levar a todos os assinantes a realidade de Alvaiázere. Tal como ela é, o bom e o mau!