Fiquei há dias admirado ao ouvir o Sr. António Costa dizer na televisão para os professores emigrarem. Não esperava esta frase de tal pessoa. E porque razão? Ele criticava por ouvir dizer ao antigo governante Sr. Passos Coelho, para os enfermeiros emigrarem para o estrageiro. E, pergunto eu ao ouvir estas frases. Só se lembram de Santa Barbara, quando troveja. Só vêem os agreiros nos olhos dos outros.
No dia 14 deste corrente mês de Junho no Jornal Correio da Manhã, logo na primeira página, em letras gordas, vem a seguinte frase “CRÉDITO A AMIGOS AFUNDA CAIXA” – 2,3 mil milhões de euros em risco. Gestão de Vara/Santos Ferreira arrasada. Salgado. Mosquito e Amorim beneficiados.
E, assim vai o nosso dinheiro… (comentário meu).
Não sei se os senhores leitores sabem a Caixa Geral de Depósitos foi fundada pela Carta de Lei de 1876 no reinado de D. Luis. Era então Ministro da Fazenda o Sr. Serpa Pimentel. Em 2001 a Caixa Geral de Depósitos absorve o BNU, com excepção de Macau, onde o BNU era o Banco Emissor.
Em 2014 a CGD vende o seu negócio segurador concentrado na Companhia Fidelidade aos chineses da Fosun.
E assim por aí anda o nosso dinheiro…
Quando se fala em liberdade tem que se incluir a Liberdade Económica.
Pessoalmente, defino-me politicamente como dizia o nosso escritor Fernando Pessoa “sou um conservador à inglesa – liberal dentro da área conservadora.”
Esta coisa de fazer favores com o dinheiro que pertence ao povo dá o resultado que tem dado, como se alcança do aludido jornal. O dinheiro não lhes custou a ganhar…
Em 1932 numa entrevista feita pelo jornalista António Ferro a um político deste País, este dizia o seguinte “Há que regular a máquina do Estado com tal precisão, que os ministros estejam impossibilitados, pela própria natureza das leis, de fazerem favores aos seus conhecidos e amigos”.
Como se acaba de chegar à conclusão de que os favores dos administradores da Caixa Geral de Depósitos aos amigos está a dar o resultado que consta no aludido jornal “CRÉDITO A AMIGOS AFUNDA CAIXA”.
Caros leitores, reparem que quase todos os políticos, a maior parte deles, que estão lá pelos lados de Lisboa, em todas as entrevistas e até a palrarem na televisão, estão sempre bem-dispostos e a rirem-se a torto e a direito, como se governar fosse uma pera doce. Mas vejam que não. É uma coisa séria.
Isto para quem tem olhos na cara não é brincadeira. Só se eles pensam que “a quem eu dever que espere e quem me dever que me pague” ou “tristezas não pagam dívidas”. Mas no meu entender não deve ser assim.
A andar por este caminho parece-me bem que NÃO ESTÁ CERTO.