… sentimos que o dia 23 Junho pode ser uma data histórica, comparável à queda do muro de Berlim, já que a segunda maior economia da zona euro decidiu-se por uma saída da União Europeia. Estamos a falar do Reino Unido, que como se sabe é constituído pela Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte, mas que mais parece um reino desunido, já que alguns países que o constituem votaram em sentido contrário. Segundo os especialistas, “as consequências, muito embora imprevisíveis, são potencialmente devastadoras”. A ver vamos!
No País andamos entusiasmados com a nossa selecção que nos faz esquecer a economia, que continua arrefecida, para não dizer gélida e como tal, estranhamos algumas das medidas de reversão, pois a redução para as 35 horas semanais, na função pública, é prematura e precipitada, pois só quem for ingénuo é que acredita que a mesma não leva a maior despesa, designadamente no trabalho por turnos. Cremos que a medida seria possível, mas em tempo adequado. Surpreende pois, que o governo ceda a esta exigência dos partidos que viabilizam o acordo parlamentar e custa que estes não tenham a consciência dos efeitos da sua pressão. Ocorre-nos a contradição imatura daquele pensamento anarca, “sejamos realistas, exijamos o impossível”. Aceitamos que a recuperação dos cortes em pensões e vencimentos mais baixos incrementam a procura interna, pois é fácil perceber que todo esse dinheiro inunda o mercado, mas juntar a isso outros encargos é deveras arriscado e preocupante.
Por cá, mais uma FAFIPA e um Festival Gastronómico se passaram e graças à TV, o nome de Alvaiázere voltou a ser largamente badalado. Realce para a mobilização e empenho das freguesias na organização das suas Marchas, com resultados de nível elevado, tanto em termos de coreografia, como noutros, e a ampla envolvência conseguida junto da comunidade, faz dos festejos ao Santo António, sem dúvida, o ponto mais alto da vida concelhia. É caso para dizer, nós por cá… todos bem!