17 de Junho de 2017, ficará para sempre gravado, a negro, na memória de Portugal. Não há registo, na era moderna do nosso País, de tantas vítimas de um incêndio. Sabemos que as altas temperaturas favorecem o surgimento de incêndios e acabamos por nos conformar que todos os anos ardam largos hectares da nossa floresta, mas o que o País não aceita, nem pode admitir, são tantas mortes. Existe legislação para proteger as vidas humanas, mas que simplesmente não é cumprida, designadamente a que se destina a criar barreiras de segurança, como a limpeza dos terrenos até à distância de 50 metros das casas e da proibição de floresta a 10 metros das bermas das estradas. As condições foram altamente adversas, os meios insuficientes, as comunicações falharam, as habitações implantadas no meio da floresta e as estradas que mais pareciam “túneis”, foram fatais. Seremos muitos a comentar e poucos especialistas na matéria, mas constatamos que as florestas das celuloses, tem uma área ardida muito reduzida anualmente. Porquê? Matas limpas e meios operacionais de intervenção rápida. Talvez este exemplo nos ajude nas medidas a adoptar, a somar ao cadastro, ao ordenamento, ao eventual regresso dos guardas florestais, à crescente profissionalização dos bombeiros, que façam prevenção e combate aos incêndios e muitas outras decisões adequadas.
Em Alvaiázere mais uma FAFIPA e mais uma vez com elevada participação, tendo como ponto alto e de maior mobilização as Marchas Populares, cuja realização no estádio afasta as pessoas do recinto da feira, mas quando a “nortada” não incomoda, em melhores condições. Todas as restantes noites o recinto encheu para os diversos espectáculos e o festival internacional de acordeão e o passeio equestre foram muito elogiados. No dia do concelho foi feita uma justíssima homenagem ao Prof José Augusto Martins Rangel, que apenas teve um “pecado mortal”: foi tardia! O Prof. Rangel pelo que foi e pelo que fez por Alvaiázere, há muito que deveria ter sido homenageado, mas lá diz o ditado, “mais vale tarde… do que nunca”!