… chocados com as imagens do êxodo maciço de refugiados, algumas marcantes como a do menino sem vida, junto à costa na Turquia. Imagem que correu mundo e que simboliza a verdadeira tragédia humana em curso. Continuam a ser centenas de milhares de pessoas que fogem da guerra e do nada, em busca de uma vida, pondo à mostra as fragilidades e contradições de uma Europa, que recentemente derrubava muros e que agora os constrói. Uma Europa que para debater a questão grega reunia de um dia para o outro, de noite e de dia e para solucionar este drama marcam cimeiras a longo prazo. Há uma frase do Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, elucidativa da posição ocidental, "só quando os pobres entram na casa dos ricos, é que os ricos se apercebem que os pobres existem".
Por cá, voltámos a ter a monotonia da vila agitada com o regresso às aulas. Desta vez com um marco histórico, já que três freguesias ficaram definitivamente sem jardins-de-infância e sem escolas de ensino básico a saber, Almoster, Pelmá e Pussos (Cabaços). Sinais dos novos tempos com Centros Escolares mais bem equipados e providos de melhores condições (à partida), mas com as freguesias cada vez mais desertas e isoladas. Muito em breve um Concelho, um Centro de Saúde, um Centro Escolar e nenhum Tribunal. O preço da modernidade, devido aos custos do essencial: saúde, ensino e justiça!
Entretanto vamos acompanhando a campanha para as legislativas, uma autêntica via-sacra, onde os políticos tentam convencer os eleitores, chegando a ser penoso, só de ver, tanta aplicação. De qualquer forma, apesar do Zé Povo não ter em grande conta os políticos, e com razões para tal, será fundamental exercer o direito de voto, já que será a melhor forma de fortalecer a democracia e não deixar nas mãos dos outros, o nosso próprio futuro. É com esse apelo que nos despedimos, sem esquecer de relembrar, que nós por cá, para aprender, ir ao médico, ou procurar justiça, andamos mais … mas todos bem!