…, parece que por muito que quiséssemos “acreditar”, positivamente, tal sentimento é-nos empurrado (onde é que eu já vi/ouvi isto?) por alguma “coisa” para um horizonte longínquo.
Penso ser razoável aceitar que os sacrifícios têm de ser feitos, e por todos, em resultado da situação a que chegamos após continuados “abusos” de todos dentro do sistema político e partidário instalado em democracia. Costuma dizer-se mal deste sistema, que é o menos mal, mas o que é facto é que o sistema não tem a culpa. Essa é das pessoas que o vão personificando e o vão moldando na forma dos seus interesses pessoais e/ou corporativos.
Para o “comum” dos cidadãos portugueses torna-se também fácil entender, ou aceitar, que todos estes sacrifícios têm tendência a não resultar em absolutamente nada. Falta “estrutura” e “justiça”.
Para mim tenho que a receita até foi “adequada”, foi a chapa x do manual y. O problema é que o diagnóstico estava enviesado e foi feito por “experts” em sintonia de frequências especulativas”.
E o paciente lá vai servir como cobaia mais uma vez, pois vem aí mais austeridade com o orçamento de estado para 2014, aprovado pela maioria parlamentar que apoia o governo. Desta vez temos: cortes de salários na função pública acima dos 675 euros e nas pensões a partir dos 600 euros, mantémse a sobretaxa de IRS de 3,5%, para além do aperto dos escalões, e IVA no patamar dos 23%. Pergunta-se: e “aquelas” despesas, as “tais”, não se cortam? Mais, com o TC em auscultação, a perspetiva será a de aumentar mais a carga fiscal. Apregoa-se inovação, mas não há.
Ao contrário do que muitos “eruditos” afirmam, e apesar de ter vontade de acreditar, penso que ainda não batemos no fundo. A obsessão desse anúncio de retoma da economia, pelo aumento do indicador “exportações” é apenas isso mesmo, uma publicidade enganosa.
Por cá, vejamos o que nos trará o orçamento municipal e onde fica ou ficará Alvaiázere nesta encruzilhada de dificuldades, agravadas pela “interioridade”.
Nestas “divagações”, e em contexto de “festas” natalícias que se aproximam, pergunto-me se o sentimento de “acreditar” se revelará para um menor consumismo materialista e uma maior revalorização da sua essência, os valores imateriais da família e do humanismo?
Não ajudava a procura interna, mas parece-me que de vez em quando era melhor.
Desde já, Boas Festas.