Recentemente o insuspeito Silva Peneda anunciou o que muitos de nós já tínhamos percebido: a receita tipo “pronto-a-vestir” aplicada ao nosso País, não teve em conta as características do mesmo. Isto é, a “troika” adoptou medidas e regras desaconselháveis e prejudicais ao nosso modelo de economia, e que em muito contribuíram para a sua (quase) destruição. Deveriam ter sido os nossos governantes a fazer a devida correcção, mas é evidente que “a rapaziada” a que estamos entregues, não possui “arte e engenho” para tal. O próprio ex-ministro das finanças Vítor Gaspar, aquando da sua saída, assumiu que não utilizou a estratégia adequada e assim marcando passo, chegámos ao estado actual, bem retratado no orçamento para 2014.
A discussão deste foi ofuscada pela apresentação do famoso “guião” para a reforma do estado. Mas é evidente, que “a coisa” apresentada não é para levar a sério. No campo das hipóteses, imagine-se que o Partido Socialista vencia as próximas eleições, mas que teria de se coligar com o PCP e/ou com o Bloco de Esquerda. Teria lógica o PS solicitar ao seu parceiro de coligação a feitura de uma proposta para a reforma do estado? Claro que não! Só o entendimento do PS e do PSD, com a colaboração pontual dos restantes partidos, poderá viabilizar uma verdadeira reforma de estado consensual. E já agora, se possível, com os únicos políticos da actualidade com carácter de estadistas: Rui Rio e António Costa.
Em Novembro, o nosso jornal em conjunto com o Grupo de Amigos de Casais do Vento, organizou mais um Grande Prémio de Marcha Atlética. Foi o décimo quarto. Apesar das dificuldades financeiras que o jornal atravessa, decidimos dar continuidade a uma prova que já faz parte do calendário oficial desta modalidade (pobre) do atletismo, para não defraudar quem há alguns anos se desloca a Alvaiázere para participar na prova. E é gente do todo o País, desde Felgueiras, à Extremadura espanhola, Loures, Lisboa, Santarém, Fátima, Montemor-o-Novo, Oliveira do Bairro, etc.; bem sabemos que a autarquia não valoriza o maior acontecimento anual desportivo do concelho, e ano após ano tem reduzido a sua contribuição, mas apesar de tudo, tem sempre colaborado e só temos que agradecer, tal como a todas as pessoas e entidades que contribuem para a sua organização. Não podemos deixar de realçar a contribuição de Aurélio Mendes e Acácio Peralta. O primeiro mais uma vez ofertou a maioria dos troféus em disputa e o segundo pela sua generosidade que se tem repetido há anos e podemos afirmar em abono da verdade, que se o Grande Prémio da Marcha Atlética ainda existe, a maior quota de responsabilidade a eles se deve. Um grande OBRIGADO!