Como passei o mês, à sombra da bananeira, a pensar na morte da bezerra é agora que a porca torce o rabo! Chegou o dia D e tenho de escrever o artigo.
Com paninhos quentes, para não meter a pata na poça, lembrei-me de histórias do tempo da Maria Cachucha e de coisas do arco-da-velha, mas é capaz de ser demasiada areia para a minha camioneta.
Se lavasse um pouco de roupa suja e escrevesse sobre os vira-casacas, chegando-lhes a roupa ao pelo, talvez fizesse boa figura, mas torço o nariz, não vá o diabo tecê-las.
Juro a pés juntos que não gosto de surfar na onda cor-de-rosa e como não nasci com o rabo virado para a Lua, tenho engolido alguns sapos.
Também não gosto de arranjar lenha para me queimar, embora não meta o rabo entre as pernas.
Nesta encruzilhada, perdido por cem, perdido por mil, mais vale pôr a boca no trombone e revelar uma verdade: sinto dor de cotovelo, por não chegar aos calcanhares daqueles para quem escrever é tão natural como beber um copo de água. Bem procuro dar a volta por cima e puxar os trunfos da manga para não ser um zero à esquerda. Talvez metendo alguma cunha, mas… custa-me dar o braço a torcer.
Como ainda não preguei olho e tenho a barriga a dar horas, é melhor começar a desbobinar.
Não julguem que tenho o rei na barriga ou que seja nariz empinado, acontece que não quero ninguém a ver navios.
Vozes de burro não chegam ao céu, mas, mesmo assim, aqui fica a explicação, se a memória de elefante não me falha: a expressão idiomática também é denominada de idiotismo. Perceberam ou deitei pérolas a porcos?
Podem vir com pezinhos de lã, dizer que estou mais para lá do que para cá e que me assenta como uma luva, pois quem assim escreve só pode ser um idiota chapado.
Se me serve bem a carapuça não sei, mas como sou de ferver em pouca água, faço ouvidos de mercador.
Música para os meus ouvidos seria pendurar as chuteiras, mas… pareceme que ando a caçar no ar. Ou serei apanhado do clima?