O descrédito, a desconfiança, o próprio desrespeito nos e pelos políticos não pára de aumentar, o que provoca grave falta de credibilidade na própria democracia. E a culpa é dos próprios. Quando se veem comentadores televisivos, radiofónicos, jornalísticos a zurzir quase diariamente, durante anos, um governo ou um primeiro-ministro, ainda por cima sendo da mesma cor partidária e até ex-dirigentes do mesmo partido, é, acreditamos piamente, porque esses mesmos comentadores, ex-governantes e ex-dirigentes partidários, consideram aquele governo e aquele primeiroministro incompetentes e que não deveriam estar o governar o País. Como é que então logo que aparecem eleições, os ditos comentadores, talvez tipo feijão frade, não têm vergonha de aparecerem a apoiar aquele governo e aquele primeiro-ministro, dizendo aos portugueses que devem continuar a apoiá-los para que estes continuem a governar pessimamente e contra o povo? E admiram-se de as pessoas que não são culturalmente fortes em democracia se abstenham nas eleições. É certo que sou da opinião que o povo deve ir sempre votar, deve sempre atacar a abstenção. Sou até da opinião que quem não cumpre com as suas obrigações para com o País, e votar é um dever, não deveria ter benesses que o próprio País lhe oferece, seja em termos de subsídios ou garantias que a democracia, mais que qualquer outro sistema político lhe garante. Quem não contribui nem quer saber do que se passa no seu País e com os governos que por lá passam, também não deveria usufruir dos benefícios que advêm da postura e do cumprimento de obrigações que se devem ter perante esse País.
O que deverá pensar desses políticos/ comentadores o desgraçado povo que acreditando nas críticas e opiniões que ouvem constantemente eles fazerem, os veem mudar de opinião e atitude antes ou depois de eleições, como cataventos ao sabor dos ventos?
Nunca um político foi tão vilipendiado, ofendido e atacado como Sócrates. Como os trabalhadores, os funcionários públicos e os reformados, não atacados pela partidarite, devem ter saudades dele… Foi Sócrates que roubou os dinheiros do BPN, PP e quejandos? Foi Sócrates que beneficiou com negociatas ruinosas como a dos submarinos e veículos de guerra? Foi ele que desviou dinheiros e fundos do Estado para benefício próprio? Foi ele que vendeu a EDP aos chineses por 3.000 milhões de euros, considerado pelo governo como um negócio extraordinário para o País, mas donde os chineses logo no 1.º ano tiraram um lucro de mais de 1.000 milhões o que faz com que levem a empresa de borla em menos de 3 anos e fiquem para sempre com uma empresa que lhes dá mais de 1.000 milhões de lucro por ano, importância que este governo roubou para sempre aos reformados e trabalhadores da função pública? Foi ele que vendeu a REN e os CTT, também empresas públicas que rendiam ao Estado milhões de euros anualmente? Foi ele que deu ou se prepara para dar de mão beijada ao capital, o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública? Foi ele que fechou tribunais e outros estabelecimentos estatais em terras do interior, repartições públicas de que essas terras necessitam como do pão para a boca para não ficarem "O descrédito, a desconfiança, o próprio desrespeito nos e pelos políticos não pára de aumentar, o que provoca grave falta de credibilidade na própria democracia. E a culpa é dos próprios." desertificadas? Foi Sócrates que destruiu a nossa agricultura, a nossa frota pesqueira e a nossa marinha mercante? Então porquê o ódio com que os beneficiados e beneficiários da crise que assolou todo o mundo o atacam e lhe assacam todos os males porque estamos passando? Para defenderem e agradecerem àqueles que lhes deram e continuam a dar tanto lucro em prejuízo dos portugueses. Fez despesas avultosas, algumas até evitáveis mas que eram incentivadas por quem manda na Europa e agora se vê, com o intuito do lucro para os seus bancos e economia? É certo que sim, mas a obra ficou feita em Portugal, Sócrates não as levou para paraísos fiscais nem as meteu ao bolso, como infelizmente muitos ex-governantes e políticos já fizeram e oxalá não continuem a fazer. Que os galos cantantes da nossa comunicação social que ganham, 15, 20, 30 ou mais mil euros mensais e que tanto defendem os que lhes proporcionam esses proveitos, pensem mais nos que ganham 600 ou 700 e acham que são eles que dão cabo da nossa economia. Gostaria de os ouvir dizer, porque é verdade, a frase que Sócrates disse há dias: "Este governo despede os pais, nega emprego aos filhos e rouba os avós".