PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

alberto_ferreira

Não está certo

Em 1929, portanto já lá vão 85 anos, numa reunião de Conselho de Ministros, desse tempo, efectuada em Lisboa, ficou combinado e acordado efectuar um empréstimo de dinheiro com o Banco Central Europeu, para satisfazer necessários pagamentos em que Portugal estava endividado.

Passado algum tempo o Banco Central Europeu deliberou efectuar o empréstimo mas com a condição de ele, Banco Central Europeu, vir administrar as finanças em Portugal. O que está agora a acontecer com a troika. Que vergonha. Após uma nova reunião do Conselho de Ministros Português, o Ministro das Finanças de então, Sr. Professor António de Oliveira Salazar afirmou logo não aceitar o empréstimo, que ele iria resolver a situação económica. E foi sob a orientação dele, no fim de um ano já a dívida de Portugal estava paga e com um saldo positivo de 1.576 contos.

Eu não sei como isto foi, o certo é que li isto num livro que tenho em meu poder, que comprei há muito tempo e que há poucos dias me achei com coragem e li atentamente, escrito por um escritor de nome José Freire Antunes.

Por isto e outras coisas é que o Dr. Salazar foi eleito em Portugal e no ano de 2007 o maior Português de sempre, derrotando o comunista Álvaro Cunhal (sic) com grande vantagem. Em comentário meu: por este político Álvaro Cunhal tenho uma certa consideração.

E, a cronista Lyuba Lul´ke, referiu que durante os seus 40 anos de poder (referindo-se a Salazar) o poder e a economia de Portugal cresceu. O PIB no início dos anos 70 era de 7% ao ano. E a cronista ainda pergunta "Porque razão a economia portuguesa não está nas melhores condições?" Difícil responder, dir-se-ia mas Lul´ke arrisca "Talvez o segredo resida nas qualidades pessoais dos políticos". E que qualidades pessoais são essas? Antes de mais, "não trabalhar para os americanos ou para os alemães, é importante".

Vejam amigos leitores do nosso jornal que eu vi há dias na televisão um político deste pobre País e que até está indigitado para o Parlamento Europeu, possivelmente receber bom dinheiro, pois que de graça não iria para lá, e dizer o seguinte: No tempo do Estado Novo ou seja no governo da outra senhora os cofres do Estado estavam cheios de dinheiro e ouro, mas o povo estava com fome.

E agora eu pergunto: segundo o que tenho ouvido dizer nas notícias e lido nos jornais, os cofres do Estado não têm dinheiro nem ouro, tudo isto desapareceu e quase todo o povo continua com mais fome. Não sei se vêem na televião, só se vêem pessoas a mendigarem e a correrem aos caixotes do lixo a procurarem comer e a pedirem nos supermercados para darem àqueles que têm fome. Há ou não há fome em Portugal? E, o dinheiro e o ouro desapareceu e tudo continua.

Ainda ontem me telefonaram à noite para minha casa, uma senhora, que pela voz devia ser dos lados do Porto, a pedir para lhe enviar por uma carta algum donativo para ajudar a matar a fome a umas tantas crianças. Ficou de me enviar uma carta para saber qual a direção para onde enviarei. Há ou não há fome?

Esses grandes senhores que estão cheios de dinheiro que dêm algum para matar a fome a quem precisa e não tirem a quem pouco recebe, e cada vez menos.

Mas como se diz actualmente. O Povo é quem mais ordena. O Povo assim quis. Como vai este País não vamos muito longe. Está uma vida bonita. Isto não é um mar de rosas como o povo pensava e queria vir a ser. Caros leitores já estou a alongar-me demais, porque neste sentido tinha muita coisa a escrever.

Resumindo e concluindo parece-me bem que NÃO ESTÁ CERTO.