PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

antonio_goncalves

Concordâncias e Discordâncias

O público e o privado

Os serviços do privado, são melhores que os do público? Os funcionários públicos são piores que os empregados do privado? São avaliações ideológicas e demagógicas que não têm razão de ser, nem ciência para o provar. O público (pessoas) tem uma ideia muito diferente dos funcionários públicos e dos empregados do privado, porque julgamse patrões dos funcionários públicos por estes serem pagos pelos impostos. Estes têm todas as obrigações para com eles, não lhes perdoam nada e muitas vezes tratam-nos mal. Típico de quase todos os patrões. Aos empregados do privado, o público (pessoas), geralmente vê neles alguém de quem precisam para atender os seus desejos, que obviamente não são pagar impostos. Embora tendo que pagar na mesma, o pagamento e o tratamento aos empregados é totalmente diferente. E os serviços? Aqui acho que a causa ideológica já tem razão de ser. É o que se passa na educação e também poderia ser na saúde, na segurança social, na justiça. Além disso são casos de direitos, segundo a nossa Constituição. Os liberais e neoliberais, que no nosso País estão conotados com o governo anterior, gostariam que estas áreas estivessem entregues ao privado. Porque seriam melhores economicamente ou qualitativamente para o povo? Não. Apenas porque acham que todos os impostos que o Estado vai buscar ao trabalho das pessoas, deve servir para dar subsídios e lucro ao privado e sendo assim todos os serviços do Estado deveriam passar para o privado. E este prestaria os serviços de borla ao povo? Não, que eles arranjariam maneira de dizer que os impostos não chegavam para pagar os serviços prestados e os clientes teriam que pagar a sua parte. O actual governo e quem o apoia na Assembleia da República não pensa desta maneira e acha que os impostos devem servir, não para engordar pançudos, mas sim para que o Estado possa prestar gratuitamente ou por preço simbólico e justo conforme o poder económico de cada um, aqueles serviços.

Deve o Estado pagar a colégios privados a frequência neles de alunos quando tem vagas nas escolas públicas, sendo que segundo a Constituição é o Estado que tem a obrigação de assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito e criar uma rede de estabelecimentos públicos de ensino que cubra a necessidade de toda a população? Reconhecendo igualmente o ensino privado, reconhece também o direito de escolha. Só que quem preferir o ensino privado deve pagá- lo e não todo o povo, à custa dos seus impostos. Se o Estado tem oferta tão boa ou melhor que o privado, as elites devem pagar as suas preferências.