No passado mês de abril, o diretor de Estudos Nacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Álvaro Santos Pereira, afirmou ao Parlamento que “A corrupção e o compadrio foram, claramente, um dos responsáveis por este país ter ido à falência”.
Confesso que achei um pouco exagerado, mas face ao que se passou, numa Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão e recapitalização da CGD, onde um (duplo!) comendador gozou, sim gozou, com todos os portugueses, ao dizer que nada deve e nada tem, já começo a dar crédito …
Se para montar um pequeno negócio ou construir uma casita são postos mil entraves, como se emprestaram milhões sem garantias? Onde estão os responsáveis por estes desmandos?
E que dizer das muitas pessoas honestas que tiveram de entregar a casa/ negócio ao banco, por incumprimento?
O que são mil milhões de euros? Nada! É como viver mil anos e todos os anos estafar um milhão!
Como cidadão que, ao contrário do “senhor” que nada tem nem deve, paga IRS, IMI e, se nada mudar, descontará 45 anos para a CGA, apelo ao senhor Presidente da República que me faça comendador! Talvez, de medalha ao peito, me emprestem uns milhões, pagáveis pelos totós que pagam impostos, e vá gozar a reforma longe desta república das bananas e dos bananas.
Termino com uma quadra do grande poeta popular António Aleixo:
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.