Há dias li no jornal diário "Correio da Manhã", de 7 do corrente mês de julho, na 1ª página a seguinte notícia, da qual tenho fotocópia arquivada, onde se lê o seguinte: NARCISO SIMULA ROUBO PARA GANHAR IPHONE (acusação do Ministério Público) – Associação pagou novo telemóvel ao Ex- Autarca – Pág. 28. Isto será verdade? De onde há lume sai fumo. Mas que gente é esta, que devia, dar exemplos para que não podessem falar ou escrever acerca deles?
Os políticos de agora dizem e têm dito que os antigos senhores eram uns ladrões e que só roubavam. E, agora digo eu: e os de agora? Se tivessem vergonha nem levantavam a cabeça, com tanto desvio que ouço relatar nas notícias e vejo nos jornais. Não atires pedras ao telhado do vizinho porque os teus têm telhas de vidro.
Há dias li num livro que tenho em meu poder, denominado "JUIZO FINAL", escrito por um grande homem que conheci pessoalmente e com quem falei, de nome FRANCO NOGUEIRA, que foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e Embaixador de Portugal nas Nações Unidas no tempo do Estado Novo, isto há alguns anos e, a páginas 24 da 2ª edição em 1993, e diz o seguinte "Quantas gerações serão precisas para pagar o que devemos e reabilitar o nosso País?"
Eu, signatário deste artigo, entendo que ele tinha razão.
Pois, da maneira como isto está e, a pagarmos juros, quando é que poderemos levantar a cabeça e olharmos para o Céu com ela bem erguida. Isto dever dinheiro, da maneira como estamos, não é brincadeira.
Não há maneira, como a política está, cada um puxa para seu lado, sempre a dizerem mal uns dos outros, para iludirem o pobre povo que vota neles para eles serem uns senhores e lhes baterem palmas aqui e acolá, não é brincadeira. Não há maneira de se unirem os políticos, e chegarem a uma conclusão e dizerem vamos ver se conseguimos corrigir aquilo que todos os governos anteriores têm feito mal.
Sabem senhores leitores o que quer dizer a palavra "política"? Entre outros significados quer dizer ciência ou arte de governar. Mas confesso que presentemente não vejo nem uma coisa nem outra. Poderão outros ver a coisa noutra óptica.
Actualmente, estamos perante uma grande desigualdade. Uns homens muito ricos, pois enriquecem com uma vida fácil e outros bem pobres, a viverem sabe Deus como. Alguns também não lutam pela vida nem por ela lutaram, é o deixa andar. Isto é verdade.
Já dizia um filósofo, que os homens estão mais contentes quando se sentem iguais. Onde está a igualdade? Isto foi já analisado e anunciado nas enciclicas Solliciduto Rei Socialis e Centesimus Annus pelo Papa João Paulo II.
Os actuais políticos não vêm que esta orientação está a caminhar para um poço sem fundo? Mas, já dizia aquele e acima referido antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros "que tudo o que é, assenta em tudo o que foi".
Para mais de tudo o que muda, o homem é quem menos muda. Tenho notado que os portugueses estão a perder o amor ao trabalho, o espírito de aplicação e zelo, o empenho profissional, a paciência, a perseverança, a lenta economia, estão a procurar sim, fazer cada vez menos, a angariarem o que puderem pela maneira mais fácil. E, afirma o que foi grande escritor Ramalho Ortigão que "isto não pode continuar assim". Mas o escritor Antero Quental no seu livro "As Farpas" encara a solução de então da crise nacional, não no iberismo ou outro mito, mas na revitalização do espírito, da consciência das virtudes portuguesas de então.
O povo português anda todo descontente com esta democracia (vejam o que dizem os jornais) com toda esta governação que tem ocorrido há uns anos a esta parte. Mas cada um tem aquilo que merece.
Vê-se todos os dias nos jornais, altos senhores a serem reformados com altíssimas reformas, não sei para que é tanto dinheiro, não seria melhor darem algumas migalhas para aqueles que recebem muito menos. Parece-me que seria melhor.
Ainda tinha muito mais a escrever acerca das opiniões de outros escritores de renome e com certas considerações. Mas desta vez fico por aqui.
Com tudo isto parece-me bem que NÃO ESTÁ CERTO.