PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

carlos_simoes

… em ritmo de Verão…

Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe! Já dizia a minha avó…

E assim estou em ritmo de Verão mas com a dúvida da sua veracidade. Porque as notícias que nos ecoam todos os dias, em vertentes tão diversificadas quanto complexas, não dão o descanso e a segurança esperançada da paz.

Recordo o meu escrito de 2010: “Ser mais um a falar da crise? Não! Há dois anos atrás estávamos a falar disso. Daqui a dois anos estaremos ainda a falar do mesmo. Reflexões e (…) mais opiniões… Alguém aprenderá alguma coisa? Sempre!? Servirá de emenda? Talvez!? E, depois, resolver à posteriori será “fácil”: há sempre alguém que paga… e os que se safam! Enquanto o rigor, a exigência, a transparência e o sacrifício não for uma postura de todos, andaremos sempre num “marasmo” de atitudes. É o sistema. E os “ópios do povo” lá aparecem na altura certa para desviar atenções, para anestesiar…”

Atualizadíssimo! Vejamos: crise, para além da económica e financeira que continua para a grande maioria dos mortais, trata-se da absoluta visibilidade cruel da crise de valores que grassa e persiste pelo mundo globalizado. Diria, só a tiro, repito, só a tiro… de ética e educação.

Pois, dos outros tem havido muito. Terrorismo, e cada vez mais os fenómenos de crimes “loucos” cometidos por personalidades “pacíficas” – dizem os vizinhos deles. Até o Durão Cherne…

Bom, em Portugal, para anestesiar “politiques” internas e externas, lá conseguiu a selecção nacional de futebol ganhar o maior título europeu, sagrando-se campeão contra a influente França. Orgulho e euforia nacional, e isto em acumulação de outros títulos de campeão europeu conseguidos noutras modalidades e pela mesma altura.

E vai daí, os tecnocratopolíticos da des’União Europeia querem aplicar umas sanções a Portugal pelo não cumprimento do objectivo do deficit em 2015. Ora, quando há histórico de dezenas de incumprimentos dos “grandes e pequenos”, estarão esses “instalados” em Bruxelas, não eleitos pelo povo, a manifestar “vingança” contra Portugal campeão ou é mesmo contra a “Geringonça” política (que vai resultando)?

Bom, em ritmo de Verão, em lazer, a praia está a fazer parte do meu programa. Sorte? Talvez. Enfim, num lugar onde “o mar enrola na areia”, com o (in)finito do horizonte ao alcance da nossa vista, também se observa ali a (in)finita harmonia da diversidade. De facto, pessoas de várias origens e características (raça, idade, religião, nacionalidade, condições financeiras, educacionais, etc) auto-organizam-se num espaço público, livre, mas limitado, despidos de “formalidades”, com os “respeitos” pela proximidade do outro, e assim, de vários modos alcançam um fim comum… Será só em contexto de lazer!? Haja praia.