PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

bruno_gomes

A vez da FAFIPA

Pode parecer tarde (e talvez seja), mas não queria deixar de escrever sobre a nossa FAFIPA.

Mais uma vez, a montra de Alvaiázere. Um bom programa (com o S. Pedro a ajudar), um José Cid em excelente forma, gastronomia do melhor, marchas maravilhosas (segundo parece a de Almoster estava magnífica), inauguração do centro de arqueologia que a ser bem explorado pode ser um fator bastante positivo para Alvaiázere, palestras com bastante interesse entre outros atrativos e uma homenagem que, segundo dizem os Alvaiazerenses da altura, mais que justa ao Professor José Augusto Martins Rangel, numa cerimónia muito bonita e emotiva.

Assisti, porventura, ao melhor discurso da presidente da Câmara que lhe ouvi até hoje. Emotivo, forte, encorajador, “onde não há lugar para os que não têm ambição” (adorei esta frase) e encorajador das nossas gentes.

Vi um filme promocional de Alvaiázere de uma beleza sem limites, que nos faz arrepiar a pele e sentir o verdadeiro orgulho Alvaiazerense, que nos emociona e nos faz ver o que de belo temos no nosso território. Eu sou dos que “bem me quer…”. Excelente trabalho!

Ouvi também um discurso do presidente da Assembleia Municipal a elogiar o trabalho que o executivo municipal tem desenvolvido, nomeadamente no capitulo financeiro de modo a equilibrar as contas do Município, dado que pelo que ouvi, as mesmas se encontravam muito más há uns tempos atrás.

É aqui que me vou centrar. Se agora as contas estão melhores e o esforço da presidente da Câmara em pagar aos fornecedores e cumprir com os programas de estabilidade assinados pelo Município, estão a dar frutos, o que se passou para a Câmara ter as contas descontroladas?

Onde estava o Sr. presidente da Assembleia Municipal, órgão fiscalizador do Município, quando os saldos positivos que deixou como presidente eram desbaratados em obras estéreis e sem proveito nenhum?

Porque não se insurgiu na altura? Não seria essa a sua obrigação?

Porque é que nos seus discursos nunca referiu que as contas se estavam a descontrolar? Poderia ter-se inspirado no Presidente da Republica Prof. Cavaco Silva, quando disse ao País que a gestão do então Primeiro Ministro José Sócrates estava a levar Portugal para uma espiral recessiva sem precedentes.

Bem sei que numa atitude apaziguadora, tentamos sempre não deitar mais achas para a fogueira, mas os organismos, sejam eles de que natureza forem, fiscalizadora ou executiva, têm de atuar dentro das funções que lhes estão incumbidas e a fiscalização da gestão do executivo municipal é uma incumbência da Assembleia.

Talvez agora o esforço seja inglório, pois o atraso a que fomos sujeitos por 10 anos de (des)governação, seja difícil de colmatar.

Agora, vou de férias…