PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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… sai da toca Zé!

Passada a maioria das grandes festas populares, cá nas aldeias do interior, eis que o Povo está prestes a "levar" com mais um arraial, num baile já visto e que terá um preço muito elevado.

A venda do "Novo Banco", programada e com prazo até às 24 horas do dia 31 de agosto, por meio de concurso de privatização, está a ser negociada pelo Banco de Portugal com os chineses da Anbang, sendo que se estas falharem seguir-seá para os americanos da Apollo, e depois… Independentemente do valor da venda, não cobrirá o valor injetado pelo Estado por intermédio da CGD para salvar o sistema (!?), e remete-nos para uma conclusão sabida de há muito, típica em Portugal, como prova e nos refresca a memória o caso do BPN, e que vai acabar no mesmo.

É como diz o anúncio publicitário muito divulgado neste verão, para refrescar: "sai da toca zé, sai da toca zé… Agora Zé não esperes milagres… E para rimar com milagres…" Pois não dá.

Apesar do objetivo da venda rápida do Novo Banco, perdas avultadas esperam-se, à semelhança do BPN, que como sabemos foi demorada e continua sem culpados.

E o Zé Povo vai sair da toca e vai pagar os prejuízos de mais uma gestão fraudulenta e falência consciente num mercado "regulado e fiscalizado" pelo Banco de Portugal, onde a confiança é (devia ser) a trave mestra de funcionamento.

Dos políticos, em tempo de pré campanha eleitoral para as eleições legislativas de 4 de outubro, não se houve muita coisa, argumentando não querer intervir para não dificultar ou prejudicar o processo negocial. É razoável.

Já não o é o contínuo vício de quererem impingir enganos e ilusões aos cidadãos… Para além do anúncio do fim da crise (?), houve uma festarola no caso das negociações para os debates televisivos, em que os dois em um, da coligação PSD/CDS, quererem ser mesmo um em dois. E nisto de vender, o vice-pm, Paulo Portas, é mestre e até se comparou a um personagem português da banda desenhada Tintim, que se tornou célebre por vender qualquer coisa em pleno deserto através da persuasão.

Do lado da oposição, o Zé ainda ensombra e a anterior guerra de Antónios, o Seguro e o Costa, virá ao de cima na confrontação de estratégias e contextos políticos e económicos internos e externos à medida que brotam (e brotarem) as sondagens.

Refrescante, um lamento à indisponibilidade do ministro da saúde, Paulo Macedo, na oportunidade da sua recente vista a Alvaiázere, para uma entrevista a "O Alvaiazerense".

… sai da toca Zé, sai da toca Zé, yeh!