Agosto, meu querido agosto. É o que dizem muitos portugueses. Uns porque finalmente estão de férias, outros porque finalmente estão de regresso à sua terra natal, outros porque em Portugal agosto é sinal de apatia geral.
É também tempo de festas e romarias e o nosso Concelho não é exceção. Em todas as freguesias, o calendário é preenchido com os tradicionais bailes, quermesses, ranchos e passeios de motas, que é a nova moda dos programas.
De destacar a festa de S. Pedro na freguesia de Pussos S. Pedro (ainda que esta se realize em julho) e a festa de Maçãs de D. Maria, como exemplos de dinamismo, bairrismo e organização. Também a festa de Alvaiázere se nota bem mais atrativa e prova disso mesmo é que o número de convivas tem estado a aumentar devido à melhoria do programa e ao número de dias da festa, pese embora a concorrência de Ansião, Ferreira do Zêzere e Arega, sendo que as duas primeiras são festas de âmbito municipal com orçamentos e programas muito atrativos.
Agosto é também sinónimo de festivais musicais por esse Portugal fora, com cartazes para todos os gostos que tornam o nosso País num destino de férias para os amantes destes espetáculos.
Mas se é normal ver jovens e menos jovens nos festivais, não é nada normal ver o nosso primeiro ministro de fato sem gravata acompanhado do ministro da educação a bater palmas à frente da câmara da televisão com um jovem da sua comitiva aos pulos atrás de si.
Ao ponto a que chegámos. Será que António Costa não tem nenhum assessor de imagem e protocolo que lhe diga que aquelas figuras não são compatíveis com o cargo que ocupa?
Também o nosso presidente da República fica muito mal na fotografia este verão. Dar entrevistas em tronco nu, nas praias fluviais das zonas afetadas pelos incêndios do ano passado, comentar factos políticos em calções de banho como se fosse normal, não lhe fica bem e desprestigia a imagem que se quer de um presidente da República. Marcelo não precisa destes “palcos” para ser popular.
Tudo tem um limite e as duas principais figuras políticas do nosso país têm de saber qual esse limite, correndo o risco de tornar patética a sua figura e desprestigiar assim as suas posições e imagens como Homens com sentido de Estado.
Bom regresso aos nossos emigrantes e que para o ano cá estejamos para mais arraiais.