Caros leitores, desta vez vou-me debruçar sobre um tema que de facto tem certo valor e que ronda, ou melhor, se resume em três palavras: ONTEM… HOJE… e AMANHÃ? No meu entender a palavra “ONTEM” deve considerar-se o já passado; HOJE, a vida presente e a atual situação; AMANHÃ significa o que ainda está para acontecer, o nosso futuro. Mas vamos mais adiante…
Portanto, não sei se os senhores leitores sabem, o primeiro Presidente da República Portuguesa foi o Dr. Manuel de Arriaga, se não estou em erro licenciado em Direito. Foi eleito em 1911. E, logo de seguida em 24 de junho pede autorização para alugar o anexo do Palácio de Belém. Dizendo que estava no cargo para servir o País e não para se servir dele, fez questão de pagar do seu bolso o aluguer da residência oficial.
Portanto, tenho em meu poder uma fotocópia do recibo comprovativo da referida renda, que diz o seguinte:
“Pagou sua Excelência o Sr. Presidente da República Portuguesa, Dr. Manuel de Arriaga a quantia de cem escudos, pela renda do anexo do Palácio Nacional de Belém, da propriedade pertencente ao Estado, sita na Praça Afonso de Albuquerque — Nº — freguesia de Santa Maria de Belém e relativa ao mês de Janeiro de mil novecentos e quatorze. …
2 de Dezembro de 1913
Reis – 100$00”
Segue-se uma assinatura quase ilegível, querendo parecer-me Augusto Covões de Almeida. Sobre esta assinatura parece-me existir um “selo branco”. Isto significa que antigamente trabalhava-se assim.
Agora no estado atual, seria assim? Duvido muito, cada um safa-se como pode.
E amanhã? Será melhor, será pior? Duvido muito que seja melhor, porque a honestidade tende a desaparecer dos dicionários. As cadeias estão a abarrotar de gente, tanto da alta como da baixa sociedade: os desvios do dinheiro são cada vez maiores, como se alcança nos noticiários dos telejornais diários.
Saibam senhores leitores que: Em 5 de julho de 1443 faleceu o Infante Santo; Em 8 de julho de 1840 nasceu o acima referido, Dr. Manuel de Arriaga; Em 18 de julho de 1967 faleceu o padre António Vieira (pregador nos sertões do Brasil); Em 20 de julho de 1955 faleceu Calouste Gulbenkian.
Para terminar, e a continuar como tem acontecido, parece-me bem que “NÃO ESTÁ CERTO”.